São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 2005

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ALEMANHA VOTA

Novo encontro ocorrerá na próxima quarta

Schröder e Merkel se reúnem, mas não põem fim ao impasse político

DA REDAÇÃO

O chanceler (premiê) alemão, o social-democrata Gerhard Schröder, e sua maior adversária na política alemã, a democrata-cristã Angela Merkel, reuniram-se ontem, em Berlim, mas não deram sinais de que pretendem pôr fim ao impasse que se abateu sobre a Alemanha desde as eleições legislativas do último domingo, quando nenhum dos dois grandes partidos conseguiu chegar à maioria das cadeiras apenas com o apoio de seus aliados favoritos.
Os dois líderes, que não se deixaram fotografar lado a lado, também não deram informação sobre quem deverá liderar uma eventual grande coalizão entre seus dois partidos, que são os maiores da Alemanha, caso nenhum deles consiga chegar a um acordo tanto com os liberais do FDP quanto com os Verdes, do ministro das Relações Exteriores, Joschka Fischer.
Com a Europa em compasso de espera enquanto o país de maior economia da zona do euro não resolve sua crise política, Merkel e Schröder participaram das primeiras negociações diretas sobre a possibilidade de formar uma coalizão governamental.
Eles combinaram de encontrar-se novamente na próxima quarta-feira, mas continuaram sem entrar em acordo sobre a questão que preocupa os alemães desde o último domingo: quem será o próximo chefe de governo.
"A questão pessoal tem de ser tirada do caminho o mais rápido possível, e o SPD [Partido Social Democrata] terá de aceitar que Angela Merkel ficará à frente da Chancelaria", afirmou Edmund Stoiber, líder da CSU (União Social Cristã, braço da CDU, de Merkel, na Baviera).
Poucos minutos depois, Franz Müntefering, líder dos social-democratas, afirmou: "Nós nos concentramos em questões importantes, mas deixamos claro que o SPD quer governar o país sob o comando de Schröder".
Segundo pesquisas realizadas ao longo da campanha, a CDU e os liberais do FDP deveriam ter obtido maioria no Bundestag (Câmara Baixa). Mas Schröder liderou a campanha social-democrata e conseguiu levar seu partido a um resultado eleitoral próximo ao da CDU. Os partidos alemães têm até 18 de outubro para resolver o impasse político atual.


Com agências internacionais

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