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ALEMANHA VOTA
Novo encontro ocorrerá na próxima quarta
Schröder e Merkel se reúnem, mas não põem fim ao impasse político
DA REDAÇÃO
O chanceler (premiê) alemão, o
social-democrata Gerhard Schröder, e sua maior adversária na política alemã, a democrata-cristã
Angela Merkel, reuniram-se ontem, em Berlim, mas não deram
sinais de que pretendem pôr fim
ao impasse que se abateu sobre a
Alemanha desde as eleições legislativas do último domingo, quando nenhum dos dois grandes partidos conseguiu chegar à maioria
das cadeiras apenas com o apoio
de seus aliados favoritos.
Os dois líderes, que não se deixaram fotografar lado a lado,
também não deram informação
sobre quem deverá liderar uma
eventual grande coalizão entre
seus dois partidos, que são os
maiores da Alemanha, caso nenhum deles consiga chegar a um
acordo tanto com os liberais do
FDP quanto com os Verdes, do
ministro das Relações Exteriores,
Joschka Fischer.
Com a Europa em compasso de
espera enquanto o país de maior
economia da zona do euro não resolve sua crise política, Merkel e
Schröder participaram das primeiras negociações diretas sobre
a possibilidade de formar uma
coalizão governamental.
Eles combinaram de encontrar-se novamente na próxima quarta-feira, mas continuaram sem entrar em acordo sobre a questão
que preocupa os alemães desde o
último domingo: quem será o
próximo chefe de governo.
"A questão pessoal tem de ser tirada do caminho o mais rápido
possível, e o SPD [Partido Social
Democrata] terá de aceitar que
Angela Merkel ficará à frente da
Chancelaria", afirmou Edmund
Stoiber, líder da CSU (União Social Cristã, braço da CDU, de Merkel, na Baviera).
Poucos minutos depois, Franz
Müntefering, líder dos social-democratas, afirmou: "Nós nos concentramos em questões importantes, mas deixamos claro que o
SPD quer governar o país sob o
comando de Schröder".
Segundo pesquisas realizadas
ao longo da campanha, a CDU e
os liberais do FDP deveriam ter
obtido maioria no Bundestag
(Câmara Baixa). Mas Schröder liderou a campanha social-democrata e conseguiu levar seu partido a um resultado eleitoral próximo ao da CDU. Os partidos alemães têm até 18 de outubro para
resolver o impasse político atual.
Com agências internacionais
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