São Paulo, sexta-feira, 23 de novembro de 2007

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Greve de trens na França tem fim certo, mas vagaroso

DA REDAÇÃO

O final da greve nas ferrovias francesas e nos transportes parisienses estava ontem claramente esboçado, com a nova queda no número de grevistas e votações pela volta ao trabalho.
O movimento, que chega hoje ao décimo dia, termina sem que os sindicatos tenham forçado o presidente Nicolas Sarkozy a desistir de pôr fim ao regime especial de aposentadorias, que implica tempo menor de cotização (37,5 anos contra 40 dos demais funcionários).
O primeiro-ministro, François Fillon, elogiou a "atitude responsável" dos sindicalistas que recomendaram o voto pelo fim da greve. A CGT, principal central dos ferroviários, disse ser só "uma suspensão", porque anteontem começaram as negociações. Elas têm em pauta vantagens secundárias, sem contestar o regime especial.
O ministro do Trabalho, Xavier Bertrand, disse que permanece disposto à negociação.
Na RATP (metrôs e ônibus parisienses) os grevistas estavam ontem reduzidos a 11,7% dos assalariados. Na SNCF (ferrovias), eram apenas 14,5%. A empresa de metrô calcula que hoje circulem 70% dos trens.
No transporte ferroviário, deverão circular hoje perto de 80% dos trens, com tendência à normalização do sistema no fim de semana. Entre quarta à noite e ontem, das 45 assembléias de ferroviários, 42 votaram pela volta ao trabalho.
Os socialistas procuraram não se solidarizar com os grevistas. Mas os comunistas apoiaram as greves, por acreditarem que, ao abrir mão de direitos, as centrais criariam um precedente que levaria Sarkozy a outras reformas liberais.
Novas estimativas oficiais indicam que a greve custou à economia francesa 400 milhões (mais de R$ 1 bi) por dia.


Com agências internacionais


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