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Greve de trens na França tem fim certo, mas vagaroso
DA REDAÇÃO
O final da greve nas ferrovias
francesas e nos transportes parisienses estava ontem claramente esboçado, com a nova
queda no número de grevistas e
votações pela volta ao trabalho.
O movimento, que chega hoje ao décimo dia, termina sem
que os sindicatos tenham forçado o presidente Nicolas Sarkozy a desistir de pôr fim ao regime especial de aposentadorias, que implica tempo menor
de cotização (37,5 anos contra
40 dos demais funcionários).
O primeiro-ministro, François Fillon, elogiou a "atitude
responsável" dos sindicalistas
que recomendaram o voto pelo
fim da greve. A CGT, principal
central dos ferroviários, disse
ser só "uma suspensão", porque anteontem começaram as
negociações. Elas têm em pauta
vantagens secundárias, sem
contestar o regime especial.
O ministro do Trabalho, Xavier Bertrand, disse que permanece disposto à negociação.
Na RATP (metrôs e ônibus
parisienses) os grevistas estavam ontem reduzidos a 11,7%
dos assalariados. Na SNCF (ferrovias), eram apenas 14,5%. A
empresa de metrô calcula que
hoje circulem 70% dos trens.
No transporte ferroviário,
deverão circular hoje perto de
80% dos trens, com tendência à
normalização do sistema no
fim de semana. Entre quarta à
noite e ontem, das 45 assembléias de ferroviários, 42 votaram pela volta ao trabalho.
Os socialistas procuraram
não se solidarizar com os grevistas. Mas os comunistas
apoiaram as greves, por acreditarem que, ao abrir mão de direitos, as centrais criariam um
precedente que levaria Sarkozy
a outras reformas liberais.
Novas estimativas oficiais indicam que a greve custou à economia francesa 400 milhões
(mais de R$ 1 bi) por dia.
Com agências internacionais
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