São Paulo, segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

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Israel avaliza ataque a frota humanitária

Comissão de investigação isenta governo e Exército de responsabilidade em operação que deixou nove mortos

Turquia, que denunciou à ONU a ilegalidade da ação, rejeitou relatório; relações entre os países permanece tensa

DA ASSOCIATED PRESS

Relatório divulgado ontem pela comissão do governo israelense que investigou a interceptação de uma frota humanitária ocorrida em maio do ano passado apontou que a ação não infringiu nenhuma lei internacional.
Os militares israelenses abordaram a frota em águas internacionais e, em confronto, mataram nove ativistas de origem turca e deixaram outros 50 feridos. O episódio levou a Turquia a convocar seu embaixador.
A frota pretendia furar o bloqueio de Israel à faixa de Gaza levando mais de 500 pessoas e 10 mil toneladas de suprimentos.
Com quase 300 páginas, o documento afirma que tanto o bloqueio a Gaza quanto a decisão de interceptar as embarcações e de reagir ao suposto ataque dos ativistas foram legais.
Mesmo incluindo algumas críticas ao planejamento da operação, o texto isentou de responsabilidade o governo, o Exército e os soldados.
O grupo foi liderado por um ministro aposentado da Suprema Corte e contava com outros quatro israelenses e dois observadores internacionais. As conclusões foram ratificadas por todos.
Ontem, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyp Erdogan, rejeitou as conclusões israelenses. Em relatório próprio submetido à ONU, Ancara diz que o ataque violava as leis internacionais.
A ONG Anistia Internacional questionou a credibilidade da investigação.


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