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China impõe mais controle a internautas
Indivíduos terão que se encontrar com reguladores para abrir novos websites
Pequim, pela 1ª vez desde o início do atrito com Google, nega acusação, "infundada", de ciberataques a serviço de e-mail da empresa dos EUA
DA REDAÇÃO
O governo chinês anunciou
ontem novas restrições ao registro de endereços na internet
por pessoas no país e, pela primeira vez desde a atual disputa
com o Google, em janeiro, rejeitou acusação de que estaria por
trás dos ciberataques ao serviço
de e-mail da empresa dos EUA.
Segundo as novas medidas
anunciadas pelo Ministério da
Tecnologia, pessoas interessadas em operar websites, antes
de oficializar o registro, precisarão se encontrar com reguladores e apresentar identidade e
fotos aos serviços responsáveis.
As novas restrições, afirma
Pequim, visam apertar o cerco
contra a pornografia na internet. Só no ano passado, 5.400
pessoas foram detidas no país
por promover a atividade on-line. Para críticos, no entanto, a
justificativa é apenas o pretexto
para intensificação da censura.
Também ontem, a Chancelaria chinesa disse que são "infundadas" as acusações de que
teria patrocinado ou acobertado ataques virtuais a contas de
ativistas de direitos humanos e
críticos do regime no Gmail.
Revelados no dia 12 de janeiro, os supostos ciberataques
motivaram a empresa a anunciar que não pretende mais
censurar suas operações na
China -condição para a criação do Google.cn, em 2006- e
ameaçar deixar o país caso Pequim não aceite a sua decisão.
"A China proíbe [a atividade
de] hackers e os reprimirá segundo a lei", disse o porta-voz
da Chancelaria, Qin Gang.
Inicialmente um atrito entre
Pequim e o Google, a disputa
evoluiu para se tornar mais um
elemento na crescente tensão
entre China e EUA -que inclui
diferenças em temas econômicas, climáticos e militares e,
desde a última semana, a visita
aos EUA do líder espiritual do
Tibete no exílio, o dalai-lama.
A Chancelaria chinesa negou
também revelações feitas nos
últimos dias de que os ataques
ao Gmail haviam sido rastreados até duas universidades chinesas, reforçando as suspeitas
de envolvimento de Pequim.
O porta-voz não confirmou
relatos de que Pequim e o Google estariam mantendo conversas diretas para superar os atritos, mas disse que "importantes autoridades [chinesas] estão em comunicação com relevantes empresas de internet".
Com agências internacionais
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