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PELA PAZ
Manifestações foram menores do que as de anteontem; no Paquistão, 100 mil marcharam
Mundo vê quarto dia de protestos
DA ASSOCIATED PRESS
Da Austrália à Itália, manifestantes marcharam e gritaram
contra a guerra no Iraque pelo
quarto dia consecutivo ontem.
Alguns penduraram uma faixa
pela paz no Coliseu, em Roma, e,
em Bangladesh, deficientes físicos
carregaram fotos de crianças iraquianas feridas.
Os protestos foram menores do
que os de anteontem, quando dezenas de manifestações coordenadas na Europa e nos EUA levaram cerca de 1,5 milhão de pessoas às ruas contra a guerra.
Um dos maiores protestos de
ontem foi organizado pela direita
islâmica no Paquistão, país aliado
dos EUA. Mais de 100 mil pessoas
marcharam em Lahore, algumas
carregando retratos do líder terrorista Osama bin Laden e do ditador iraquiano, Saddam Hussein. Outras, incluindo crianças
pequenas, gritavam palavras de
ordem antiamericanas, mas os
protestos foram pacíficos.
Em Sydney, na Austrália, país
que apóia a guerra, entre 30 mil e
50 mil pessoas pediram o fim da
invasão do Iraque e que os cerca
de 2.000 soldados australianos na
região fossem levados de volta ao
país. Os manifestantes também
criticaram o premiê australiano,
John Howard, por seu apoio à
ofensiva liderada pelos EUA.
Em Bangladesh, país majoritariamente muçulmano, um grupo
de deficientes físicos -alguns em
cadeiras de rodas e outros se
apoiando em muletas- fez uma
passeata pacífica diante do Parlamento na capital, Dacca. Os manifestantes carregavam fotografias de crianças iraquianas feridas
e gritavam: "A guerra aleija!"
Milhares protestaram em duas
bases militares americanas na Itália. Ativistas penduraram uma
grande faixa preta no Coliseu simbolizando o luto pelas vítimas da
guerra, e outra grande faixa com
as palavras "Contra a guerra, Roma pela paz" foi erguida no início
de uma maratona na cidade.
Em Madri, grande parte dos 100
mil espectadores de um jogo de
futebol em um estádio na capital
espanhola aplaudiu de pé quando
os jogadores do Barcelona apareceram com camisetas contra a
guerra e desfilaram com uma faixa dizendo "Barça pela paz".
No Japão, cerca de 2.000 pessoas
protestaram em várias cidades,
incluindo Hiroshima, onde manifestantes de reuniram diante de
um monumento em homenagem
aos que morreram quando os
EUA jogaram uma bomba atômica na cidade no fim da Segunda
Guerra Mundial.
No Afeganistão, onde soldados
americanos continuam sua busca
por terroristas, cerca de mil pessoas protestaram contra a guerra
ao Iraque na cidade de Mehatar
Lam (legião leste).
Confrontos continuaram a
ocorrer pelo terceiro dia consecutivo diante da Embaixada dos
EUA em Bahrein, onde manifestantes jogaram pedras e queimaram pneus. Cerca de 200 manifestantes entraram em confronto
com tropas de choque, e as embaixadas americana e britânica
permaneceram fechadas.
Mais de 15 mil alunos de quatro
universidades egípcias protestaram nos campi das faculdades.
Em Cartum, a capital sudanesa,
manifestantes atiraram pedras e
garrafas vazias no edifício da embaixada dos EUA, e milhares de
pessoas marcharam até um escritório da ONU. Um estudante universitário foi morto a tiros em
uma manifestação em Cartum no
sábado. Testemunhas afirmam
que ele foi morto pela polícia, mas
autoridades dizem que o caso ainda está sendo investigado.
Em Atenas (Grécia), a polícia
afirmou que manifestantes contrários à guerra tentaram incendiar uma agência do Citibank e
um restaurante do McDonald's.
Ninguém ficou ferido.
Na Cidade do México, centenas
protestaram diante da embaixada
dos EUA. A polícia prendeu cinco
manifestantes que atiravam pedras no edifício, mas os libertou
pouco depois.
No Chile, a polícia prendeu dez
dos cerca de cem jovens que tentaram bloquear o trânsito e a passagem de pedestres em ruas nos
arredores da Embaixada dos EUA
em Santiago.
Extremistas islâmicos contrários à guerra protestaram na Indonésia, afirmando que matar o
presidente dos EUA, George W.
Bush, seria legal de acordo com a
lei islâmica. Eles queimaram a
bandeira americana e um boneco
representando Bush.
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