São Paulo, quarta, 24 de março de 1999

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Saiba quem foi Argaña

da Redação

Luis María Argaña foi candidato a vice-presidente do Paraguai na chapa de Raúl Cubas Grau, apadrinhado de seu maior adversário político dentro do Partido Colorado, o general da reserva Lino Oviedo.
Mantinha relações tensas com o general Oviedo, candidato a presidente pelo partido até 23 dias antes das eleições de 1998.
Quando a candidatura de Oviedo à Presidência foi impugnada, a chapa do partido foi reorganizada. Cubas, anteriormente candidato a vice, passou a encabeçar a chapa, com Argaña como seu vice.
No momento, Cubas sofre ameaça de afastamento da Presidência, por se recusar a deter Oviedo, e Argaña era seu sucessor direto.
Argaña nasceu em 9 de outubro de 1932 em Assunção. Doutorou-se em Direito e Ciências Sociais.
Chegou à Câmara dos Deputados em 1960 pelo Partido Colorado. Em 1967, participou da Constituinte e, entre 1968 e 1983, foi primeiro vice-presidente da Câmara.
Passou a presidir a Corte Suprema de Justiça em 1983, onde ficou até o final da ditadura do general Alfredo Stroessner (1954-1989).
Quando Stroessner foi derrubado pelo general Andrés Rodríguez, que se tornou o presidente em seu lugar, Argaña sobreviveu politicamente. Em fevereiro de 1989, foi nomeado ministro das Relações Exteriores por Rodríguez.
Durante o período em que foi chanceler, Argaña ameaçou promover revolução ou conspiração, caso o Partido Colorado deixasse o poder. Em julho de 90, a pedido de Rodríguez, renunciou ao posto.
Passou a liderar a corrente mais conservadora do Partido Colorado, conhecida como Movimento Tradicionalista . Disputou com Juan Carlos Wasmosy a indicação de candidato do partido a presidente para as eleições de 1993, provocando uma divisão interna.
Argaña afirmava ter sido vítima de um atentado em agosto de 1993. Ele teria saído ileso do ataque, supostamente cometido por um desconhecido que teria disparado contra ele no aeroporto de Assunção.



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