São Paulo, sexta-feira, 24 de abril de 2009

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Homens-bomba matam ao menos 78 e ferem 119 em duas cidades no Iraque

DA REDAÇÃO

Dois atentados cometidos por homens-bomba em um raio de aproximadamente 90 km mataram pelo menos 78 pessoas e feriram outras 119 ontem no Iraque. Foi o dia com mais mortes violentas no país em mais de um ano.
As ações visaram pessoas que esperavam a distribuição de mantimentos e policiais responsáveis por entregá-los na região central Bagdá e um restaurante cheio de peregrinos xiitas iranianos em Muqdadiya, a noroeste da capital.
Os ataques ilustram o recrudescimento da violência no Iraque, na medida em que as tropas americanas transferem às forças locais a responsabilidade pela segurança -a partir de junho, pelo acordo de retirada dos militares firmado entre os governos, soldados dos EUA não poderão mais patrulhar centros urbanos iraquianos.
Durante este mês, insurgentes sunitas foram responsabilizados pelo governo iraquiano pelo aumento da violência.
Segundo a Associated Press, as explosões passam mensagens distintas: que a insurgência é capaz de atingir o centro da capital (onde houve 31 mortos e 50 feridos) e que, a despeito do esforço americano, tem poder de fogo na Província de Diyala (onde foram registrados 47 mortos e 69 feridos).
As vítimas da última explosão eram peregrinos iranianos que viajavam para um santuário xiita no Iraque. Desde a derrubada do sunita Saddam Hussein (1979-2003) pelos EUA, houve aumento do número de visitas religiosas de xiitas, majoritários tanto no Iraque quanto no país vizinho.
Horas após as mortes, o governo iraquiano anunciou a prisão de Abu Omar al Baghdadi, a quem atribuem a liderança de um grupo ligado à Al Qaeda.


Com agências internacionais


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