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Governo "blinda" Lugo em escândalo de paternidade
Auxiliares negam juízo político do líder paraguaio
DA REDAÇÃO
O primeiro escalão do governo paraguaio apressou-se ontem a estancar a crise gerada
pela série de alegações de paternidade envolvendo o presidente Fernando Lugo. Ministros e o vice-presidente, Federico Franco, negaram eventual
julgamento político do caso e a
criação de uma "associação"
para tratar das reivindicações.
Anteontem veio a público o
terceiro caso em duas semanas
de pedido de reconhecimento
de filiação pelo ex-bispo Lugo.
O presidente admitiu ser pai só
da primeira criança, Guillermo
Carrillo, 2 anos. Nos três casos,
a concepção ocorreu antes de
Lugo obter a "perda do estado
clerical" do Vaticano, em julho
de 2008.
As ministras da Mulher, Gloria Rubín, e da Criança, Liz
Torres, negaram a criação da
"associação" para tratar das
alegações de paternidade
anunciada por Damiana Morán, que diz ter um filho de Lugo hoje com 16 meses. Segundo
Morán, ao menos outras três
mulheres poderão aparecer.
Franco, por sua vez, negou
que sua ala do Partido Liberal
Autêntico Radical -maior legenda da coalizão governista-
pretenda apoiar um julgamento do presidente sugerido pelo
Partido Colorado, de oposição,
no Congresso, onde o governo
tem maioria. "Não faço lenha
de árvore caída", disse.
O ministro do Interior, Rafael Filizzola, também saiu em
defesa do presidente. Segundo
ele, Lugo deve ser julgado "por
sua gestão e honestidade", e
não por "uma questão pessoal".
Lula
O presidente Lula disse ontem não ver "problema institucional ou político mais grave"
nas alegações de paternidade.
"Teve a notícia do primeiro
filho, o Lugo assumiu. Se tiver
mais filhos, o Lugo vai explicar.
Mas não vejo nisso razão para
se criar um clima político negativo", disse Lula, em entrevista
na Argentina. "O Paraguai é
muito maior que isso."
Com agências internacionais
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