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VENEZUELA
Bogotá avalia solicitação
Após fugir, Carmona pede asilo à Colômbia
DA REDAÇÃO
O empresário venezuelano Pedro Carmona, 62, que exerceu a
Presidência da Venezuela por
menos de 48 horas após um golpe
em 11 de abril, fugiu ontem de sua
prisão domiciliar, entrou na Embaixada da Colômbia em Caracas
e pediu asilo político ao país, disse
ontem o governo da Venezuela.
"O chanceler colombiano, Guillermo Fernández de Soto, informou-me oficialmente que o senhor Pedro Carmona pediu asilo
político e se encontra na Embaixada da Colômbia em Caracas",
disse o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Luis Alfonso Dávila, em entrevista ao canal
de TV Globovisión. "Não tenho
informações sobre os detalhes, e,
naturalmente, o governo da Colômbia terá de avaliar o pedido."
Em um comunicado à imprensa, o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia afirmou ontem à noite: "A Chancelaria colombiana está estudando o pedido [de asilo" à luz das normas internacionais sobre a matéria".
"Uma vez adotada uma decisão
sobre o caso, o governo a levará
ao conhecimento da Venezuela",
dizia a nota, lida aos jornalistas
pelo chanceler colombiano.
Carmona desapareceu na manhã de ontem. Segundo seu advogado de defesa, ele sumiu enquanto "caminhava pelo jardim
de seu prédio".
Logo depois de ser informada
de seu desaparecimento, a polícia
iniciou uma operação para fechar
todos os aeroportos internacionais do país.
Um tribunal de apelações de
Caracas decidira anteontem revogar o benefício da prisão domiciliar que um tribunal outorgara a
Carmona em 16 de abril e ordenara sua transferência a um centro
de detenção que, até ontem à noite, ainda não havia sido definido
pelo juiz responsável pelo caso.
A Promotoria havia apelado ao
tribunal contra a ordem de prisão
domiciliar, dizendo que a lei só
prevê esse benefício aos condenados de mais de 70 anos de idade.
Carmona, que chefiava a principal associação empresarial da Venezuela, a Fedecámaras, quando
foi nomeado presidente pelo governo interino que assumiu o poder após o golpe em abril, foi preso quando o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, reassumiu o
poder. Ele foi acusado de "usurpação de funções" e "rebelião".
Durante seu breve mandato,
Carmona emitiu um decreto em
que dissolveu todos os Poderes.
No dia do golpe, a Fedecámaras
realizava uma greve geral por
tempo indefinido no país.
O empresário sempre disse que
seu governo não se instalou após
um golpe de Estado, mas tentou
preencher um vazio de poder
quando foi informado de que
Chávez havia aceitado renunciar e
seu vice estava desaparecido.
Com agências internacionais
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