São Paulo, quinta-feira, 24 de maio de 2007

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SÉRVIA

Justiça condena acusados de matar ex-primeiro-ministro

DA REDAÇÃO

A Justiça da Sérvia condenou ontem o ex-comandante da unidade paramilitar Boinas Vermelhas, Milorad Ulemek, e o vice-comandante, Zvezdan Jovanovic, a 40 anos de prisão pelo assassinato a tiros do ex-primeiro-ministro sérvio Zoran Djindjic, em 2003. Ambos receberam a pena máxima prevista na legislação sérvia. Ulemek foi condenado por ter organizado o ataque, e Jovanovic, por ter sido o autor dos tiros. Outros dez acusados receberam sentenças entre oito e 35 anos. Cinco estão foragidos e foram condenados in absentia.
"Não foi um simples assassinato, foi um crime político com a finalidade de desestabilizar o Estado", afirmou o juiz Nata Mesarovic. De acordo com o veredicto, os réus mataram Djindjic para suspender suas reformas pró-democráticas, trazer os aliados do ex-presidente Slobodan Milosevic de volta ao poder e dar um basta às extradições de suspeitos de crimes de guerra para o Tribunal Penal das Nações Unidas para a ex-Iugoslávia (TPI), em Haia, Holanda.
Djindjic era um firme opositor da política nacionalista de Milosevic. Foi o principal responsável pelo envio do ex-presidente para o TPI, em 2001. Os Boinas Vermelhas eram uma unidade paramilitar criada por Milosevic dentro da polícia estatal de segurança, acusada de fomentar o medo e praticar atrocidades contra cidadãos não-sérvios na década de 1990.


Com agências internacionais


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