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Justiça argentina confirma prisão de Etchecolatz, chefe de polícia da ditadura
RODRIGO RÖTZSCH
DE BUENOS AIRES
A Câmara Nacional de
Cassação Penal da Argentina
confirmou ontem a condenação à prisão perpétua do
ex-policial Miguel Etchecolatz, acusado de assassinato,
tortura e seqüestro sob a última ditadura militar no país
(1976-83). Etchecolatz, 78,
foi diretor de investigação da
polícia da Província de Buenos Aires, entre 1976 e 1977.
Primeiro membro da ditadura a ir a julgamento depois
que a Justiça argentina revogou, em 2005, as leis de perdão decretadas no governo
Raúl Alfonsín (1983-89), Etchecolatz foi também o primeiro a ser condenado à prisão perpétua, em setembro
de 2006. Seu julgamento gerou uma discussão entre Alfonsín e o presidente Néstor
Kirchner -Alfonsín acusou
Kirchner de querer "reinventar a história".
Na decisão de ontem, a Câmara confirmou ainda que,
apesar da idade e da saúde
debilitada, Etchecolatz não
poderá cumprir prisão domiciliar. Ele perdeu o benefício no primeiro julgamento,
após a revelação de que mantinha uma pistola em sua casa, em Mar del Plata.
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