São Paulo, quinta-feira, 24 de maio de 2007

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Justiça argentina confirma prisão de Etchecolatz, chefe de polícia da ditadura

RODRIGO RÖTZSCH
DE BUENOS AIRES

A Câmara Nacional de Cassação Penal da Argentina confirmou ontem a condenação à prisão perpétua do ex-policial Miguel Etchecolatz, acusado de assassinato, tortura e seqüestro sob a última ditadura militar no país (1976-83). Etchecolatz, 78, foi diretor de investigação da polícia da Província de Buenos Aires, entre 1976 e 1977.
Primeiro membro da ditadura a ir a julgamento depois que a Justiça argentina revogou, em 2005, as leis de perdão decretadas no governo Raúl Alfonsín (1983-89), Etchecolatz foi também o primeiro a ser condenado à prisão perpétua, em setembro de 2006. Seu julgamento gerou uma discussão entre Alfonsín e o presidente Néstor Kirchner -Alfonsín acusou Kirchner de querer "reinventar a história".
Na decisão de ontem, a Câmara confirmou ainda que, apesar da idade e da saúde debilitada, Etchecolatz não poderá cumprir prisão domiciliar. Ele perdeu o benefício no primeiro julgamento, após a revelação de que mantinha uma pistola em sua casa, em Mar del Plata.


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