DA REDAÇÃO

O presidente da Assembléia Constituinte do Equador, Alberto Acosta, decidiu ontem deixar o cargo por discordar de pressões para que cumpra o cronograma que prevê que o texto da nova Carta deve ser aprovado até 26 de julho.
"A democracia não pode ser apressada pelo tempo", havia dito no sábado Acosta, que integra a coalizão Acordo País, que apóia Rafael Correa, mas que teve divergências com o presidente sobre as normas que regularão a exploração de recursos naturais do país.
"Alberto é muito democrático, eu também sou, mas ele pensa que democracia é ouvir todo mundo, e isso pode se transformar numa armadilha para nos atrasar", disse Correa na semana passada.
Ontem, o ministro Ricardo Patiño (Coordenação Política) disse que a renúncia de Acosta preocupa o governo. "Vamos entrar em contato com ele para saber as razões da renúncia e buscar saídas".
A Constuinte, eleita no ano passado, tem maioria governista. Uma vez aprovada, a nova Carta ainda deverá ser submetida a referendo.