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Pyongyang ameaça combater aliança Washington-Seul
Regime acusa exercício militar conjunto marcado para o final de semana de ameaçar soberania norte-coreana
Coreia do Norte aponta treino militar de aliados como reação a naufrágio de navio sul-coreano no qual nega envolvimento
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A Coreia do Norte ameaçou hoje (noite de sexta no
Brasil) detonar uma "guerra
sagrada" contra os EUA e a
Coreia do Sul se os dois países fizerem exercício militar
conjunto no fim de semana.
Em um comunicado, a poderosa Comissão da Defesa
Nacional comunista afirmou
que o país usará seu poderio
nuclear em resposta ao que
chamou de exercícios "imprudentes" dos dois aliados.
A ameaça foi feita um dia
após o porta-voz norte-coreano, Ri Tong Il, ter afirmado,
durante o Fórum de Segurança da Ásia, em Hanói (Vietnã), que seu país dará uma
"resposta física" ao treinamento americano e sul-coreano no mar do Japão.
Os exercícios foram anunciados na quarta-feira pela
secretária de Estado dos
EUA, Hillary Clinton, que visitava a Coreia do Sul.
Ela anunciou ainda novas
sanções unilaterais contra o
Norte para minar o seu programa nuclear.
Presente ao fórum em Hanói, Hillary se recusou a cancelar os exercícios conjuntos.
"Iremos demonstrar mais
uma vez, com os exercícios
militares, que os EUA continuam apoiando firmemente
a defesa da Coreia do Sul."
NAUFRÁGIO
O Norte interpretou os
anúncios como punição pelo
naufrágio de um navio sul-coreano, em março, que matou 46 marinheiros. Seul e
Washington acusam o regime de agressão, mas Pyongyang nega envolvimento.
No início do mês, declaração do Conselho de Segurança da ONU não apontou culpados -apesar de EUA, Japão e Coreia do Sul defenderem uma condenação explícita ao regime.
Ontem, Ri voltou a negar
responsabilidade pelo naufrágio; afirmou que o eventual treinamento militar violará a soberania do país; e o
classificou de "expressão de
uma política hostil". "Haverá
uma resposta física contra a
ameaça imposta militarmente pelos EUA."
O naufrágio deteriorou as
relações entre as duas Coreias, que estão em trégua,
mas não em paz, desde a
Guerra da Coreia, há 60 anos.
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