São Paulo, sábado, 24 de julho de 2010

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Pyongyang ameaça combater aliança Washington-Seul

Regime acusa exercício militar conjunto marcado para o final de semana de ameaçar soberania norte-coreana

Coreia do Norte aponta treino militar de aliados como reação a naufrágio de navio sul-coreano no qual nega envolvimento


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Coreia do Norte ameaçou hoje (noite de sexta no Brasil) detonar uma "guerra sagrada" contra os EUA e a Coreia do Sul se os dois países fizerem exercício militar conjunto no fim de semana.
Em um comunicado, a poderosa Comissão da Defesa Nacional comunista afirmou que o país usará seu poderio nuclear em resposta ao que chamou de exercícios "imprudentes" dos dois aliados.
A ameaça foi feita um dia após o porta-voz norte-coreano, Ri Tong Il, ter afirmado, durante o Fórum de Segurança da Ásia, em Hanói (Vietnã), que seu país dará uma "resposta física" ao treinamento americano e sul-coreano no mar do Japão.
Os exercícios foram anunciados na quarta-feira pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, que visitava a Coreia do Sul.
Ela anunciou ainda novas sanções unilaterais contra o Norte para minar o seu programa nuclear.
Presente ao fórum em Hanói, Hillary se recusou a cancelar os exercícios conjuntos. "Iremos demonstrar mais uma vez, com os exercícios militares, que os EUA continuam apoiando firmemente a defesa da Coreia do Sul."

NAUFRÁGIO
O Norte interpretou os anúncios como punição pelo naufrágio de um navio sul-coreano, em março, que matou 46 marinheiros. Seul e Washington acusam o regime de agressão, mas Pyongyang nega envolvimento.
No início do mês, declaração do Conselho de Segurança da ONU não apontou culpados -apesar de EUA, Japão e Coreia do Sul defenderem uma condenação explícita ao regime.
Ontem, Ri voltou a negar responsabilidade pelo naufrágio; afirmou que o eventual treinamento militar violará a soberania do país; e o classificou de "expressão de uma política hostil". "Haverá uma resposta física contra a ameaça imposta militarmente pelos EUA."
O naufrágio deteriorou as relações entre as duas Coreias, que estão em trégua, mas não em paz, desde a Guerra da Coreia, há 60 anos.


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