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DIPLOMACIA
Iraque e Coréia do Norte estão entre parceiros
Acordos comerciais da Rússia com o "eixo do mal" irritam os EUA
DA REDAÇÃO
O governo russo, aliado dos EUA em sua guerra contra o terrorismo, desagradou ao governo americano nas últimas semanas com aproximações comerciais
com Iraque e Coréia do Norte -classificados, ao lado do Irã,
como "eixo do mal" pelo presidente George W. Bush.
Na semana passada, em meio a
especulações sobre um ataque
iminente dos EUA para derrubar
o ditador iraquiano, Saddam
Hussein, o governo russo anunciou um acordo de cooperação
com o Iraque estimado em US$
40 bilhões. Válido por cinco anos,
o acordo facilita as relações comerciais bilaterais nos setores petroquímico, de transportes, de
energia elétrica e de irrigação.
Ontem, o presidente russo, Vladimir Putin, reuniu-se por cerca
de três horas e meia com o líder
norte-coreano, Kim Jong Il, na cidade russa de Vladivostok, para
tratar de assuntos econômicos,
como a construção de uma linha
de trem para ligar as Coréias do
Norte e do Sul, o que daria à Rússia acesso à Coréia do Sul.
Na quarta-feira, o secretário da
Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, emitiu uma advertência à
Rússia, dizendo que a expansão
do comércio com o Iraque poderia marcar o país como amigo "de
Estados terroristas" e afugentar
potenciais investidores.
"Quando a Rússia decide que
quer ter relações com países como Iraque, Líbia, Síria, Cuba e
Coréia do Norte, envia uma mensagem ao mundo todo de que isso
é o que a Rússia acha bom fazer,
lidar com Estados terroristas",
afirmou Rumsfeld.
Decisões de líderes russos de
aprofundar laços econômicos
com o Iraque prejudicam a Rússia
"porque pessoas ao redor do
mundo, homens de negócios, podem tomar uma decisão: onde
eles querem colocar uma fábrica?;
onde querem investir?; com quem querem ter um relacionamento?", afirmou o secretário da Defesa.
As observações de Rumsfeld, feitas após um encontro com
Bush em Crawford (Texas), foram as mais extensas feitas por
um membro do governo dos EUA sobre novas ligações comerciais
entre Moscou e Bagdá.
Com agências internacionais
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