DA REDAÇÃO

O incêndio que castiga o centro-norte de Portugal se aproximou ontem da área de Coimbra, com a mudança dos ventos, e 300 homens do Corpo de Bombeiros se encarregavam de combatê-lo.
De acordo com autoridades portuguesas, 21 focos de incêndio queimam o território do país, sendo que os primeiros foram detectados no último domingo.
A despeito da ajuda de outros países da União Européia, que enviaram veículos e aviões para combater as chamas, na noite de ontem um dos focos de incêndio se encontrava a cerca de 1 km de Miranda do Corvo, uma cidade de cerca de 14 mil habitantes localizada nas proximidades de Coimbra. Apesar de algumas aldeias nas cercanias terem sido evacuadas, os bombeiros afirmaram que o fogo estava controlado.
A Autoridade Nacional para Incêndios Florestais estima que pelo menos 18 mil hectares -equivalentes a mais de cem vezes a área do parque Ibirapuera, em São Paulo- de florestas já tenham queimado desde o início do ano, o mais seco desde 1945. Ontem a polícia afirmou ter prendido quatro pessoas acusadas de provocar incêndios -102 já foram detidas neste ano sob a mesma acusação.
De acordo com o Ministério da Agricultura de Portugal, os estragos ainda não justificam recorrer ao Fundo de Solidariedade da UE, destinado a desastres naturais.