DA REDAÇÃO

Um dos advogados do alemão Andreas Grassl, 20, o suposto pianista encontrado em abril em uma praia do Reino Unido e que passou a ser conhecido como o "homem do piano", afirmou ontem que ele está mentalmente doente. Christian Baumann disse que seu cliente estava muito deprimido quando foi encontrado vagando na praia e negou que ele tenha fingido os sintomas.
O advogado falou que, embora autodidata, Grassl é um músico competente. "Ele não falou, mas certamente tocou piano." O tablóide "Daily Mirror" afirmou, anteontem, que ele usava apenas uma única tecla repetidamente. Grassl foi liberado no sábado pelo hospital psiquiátrico britânico onde passou os últimos quatro meses e voltou para Prosdorf, sua cidade natal.
O pai do "homem do piano", Josef Grassl, declarou, na edição de hoje do jornal "Independent", que seu filho não é um farsante e que precisa de tempo para explicar os motivos do desaparecimento. "Ele está de volta ao seu lugar, com sua família. O que passou ainda é um mistério. Ele está sem condições para falar sobre isso."
Em Prosdorf, um vilarejo agrícola próximo da República Tcheca, Grassl era considerado uma pessoa quieta e um pouco excêntrica. Os professores lembram de um aluno amável e inteligente, mas os vizinhos se recordam de um rapaz solitário. "Ele não tinha amigos", conta Stefan Hutter, que jogava futebol com ele. "Era um bom aluno, mas um pouco estranho", diz outro vizinho.