DA REDAÇÃO

Ao menos 40 pessoas morreram ontem em um acidente com um avião Boeing 737/200 da companhia peruana Tans Peru próximo ao aeroporto da cidade de Pucallpa (785 km a nordeste da capital Lima), segundo a empresa.
O avião fazia trajeto entre Lima e a cidade peruana de Iquitos, com escala em Pucallpa, na região amazônica. Estavam a bordo 92 passageiros e oito tripulantes.
Segundo Jorge Belevan, executivo da Tans, 52 pessoas sobreviveram ao acidente, sofrendo fraturas e queimaduras.
Horas antes, o presidente do Peru, Alejandro Toledo, estimara o número de mortes em 70, enquanto a polícia citava 60 mortos.
Até o fechamento desta edição, ao menos 40 corpos haviam sido resgatados dos destroços. Equipes retomariam as operações de resgate, interrompidas à noite, hoje pela manhã.
"Estou seguindo minuto a minuto esse trágico acidente", afirmou Toledo, visivelmente consternado, em pronunciamento na TV.
O presidente afirmou que já foram iniciadas as investigações sobre as possíveis causas do acidente e pediu que se evitassem especulações.
Segundo versão da estatal Tans, o acidente ocorreu às 14h30 (16h30 em Brasília) quando o mau tempo forçou o piloto a um pouso de emergência, feito sem o trem de aterrissagem.
Belevan negou que o avião tenha caído. "O avião estava prestes a pousar em Pucallpa, mas foi pego por ventos cruzados", disse.
A Tans não divulgou um balanço das vítimas. A empresa informou que dezesseis estrangeiros, dos quais onze americanos, estavam entre os passageiros.
Segundo uma fonte policial de Pucallpa, "o tempo estava horrível, havia uma terrível tempestade naquela hora". A informação foi confirmada por sobreviventes.
Uma funcionária do aeroporto afirmou que o piloto fez contato com a torre afirmando que não conseguia aterrissar devido aos fortes ventos e à chuva pesada.