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ORIENTE MÉDIO
Palestinos matam 2 acusados de "colaboradores"
Israel anuncia a construção de mais 273 casas em assentamentos
DA REDAÇÃO
Israel revelou ontem a intenção
de construir 273 moradias em
dois assentamentos judaicos na
Cisjordânia ocupada, apesar da
suspensão de novas construções
prevista no novo plano de paz.
Os palestinos imediatamente
condenaram a iniciativa e pediram a atuação dos EUA, principal
patrocinador do plano de paz.
Na Cisjordânia, terroristas palestinos mataram dois palestinos
acusados de serem informantes
de Israel e jogaram seus corpos
numa praça de um campo de refugiados. Mais de 80 palestinos já
foram linchados ou mortos sumariamente acusados de colaborar com Israel desde o início da
Intifada, há três anos. No ano passado, uma mulher foi sequestrada
e assassinada diante do filho de 11
anos pela mesma acusação.
Na faixa de Gaza, um tiroteio
deixou um palestino morto e dois
israelenses feridos numa estrada
utilizada por colonos.
Ainda ontem, um aliado de Iasser Arafat disse que o presidente
da ANP (Autoridade Nacional
Palestina) foi visto com uma submetralhadora, dando ordens e dizendo sentir "o cheiro do paraíso"
durante ação de Israel perto de
seu QG em Ramallah.
Colônias
Os novos apartamentos estão
programados para um assentamento no norte da Cisjordânia e
outro em Jerusalém Oriental ocupadas. O governo israelense publicou um anúncio de licitação
das novas moradias.
O plano de paz para o Oriente
Médio prevê que os 150 assentamentos judaicos na faixa de Gaza
e na Cisjordânia não sejam aumentados. Israel já havia anunciado outros planos de novas construções. Os palestinos também
são cobrados por não implementarem suas obrigações do plano
de paz, como o desarmamento
dos grupos terroristas.
Para o negociador palestino
Saeb Erekat, as novas construções
são "um reflexo de que o governo
de Israel escolheu o caminho dos
assentamentos e do despotismo,
em vez da paz e da negociação".
Israel argumenta que precisa
construir novas habitações por
causa do "crescimento natural"
dos assentamentos. "Isso não é
uma questão política e não tem
nada a ver com o plano de paz",
disse uma autoridade israelense.
Com agências internacionais
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