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São Paulo, sexta-feira, 24 de outubro de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Palestinos matam 2 acusados de "colaboradores"

Israel anuncia a construção de mais 273 casas em assentamentos

DA REDAÇÃO

Israel revelou ontem a intenção de construir 273 moradias em dois assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada, apesar da suspensão de novas construções prevista no novo plano de paz.
Os palestinos imediatamente condenaram a iniciativa e pediram a atuação dos EUA, principal patrocinador do plano de paz.
Na Cisjordânia, terroristas palestinos mataram dois palestinos acusados de serem informantes de Israel e jogaram seus corpos numa praça de um campo de refugiados. Mais de 80 palestinos já foram linchados ou mortos sumariamente acusados de colaborar com Israel desde o início da Intifada, há três anos. No ano passado, uma mulher foi sequestrada e assassinada diante do filho de 11 anos pela mesma acusação.
Na faixa de Gaza, um tiroteio deixou um palestino morto e dois israelenses feridos numa estrada utilizada por colonos.
Ainda ontem, um aliado de Iasser Arafat disse que o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina) foi visto com uma submetralhadora, dando ordens e dizendo sentir "o cheiro do paraíso" durante ação de Israel perto de seu QG em Ramallah.

Colônias
Os novos apartamentos estão programados para um assentamento no norte da Cisjordânia e outro em Jerusalém Oriental ocupadas. O governo israelense publicou um anúncio de licitação das novas moradias.
O plano de paz para o Oriente Médio prevê que os 150 assentamentos judaicos na faixa de Gaza e na Cisjordânia não sejam aumentados. Israel já havia anunciado outros planos de novas construções. Os palestinos também são cobrados por não implementarem suas obrigações do plano de paz, como o desarmamento dos grupos terroristas.
Para o negociador palestino Saeb Erekat, as novas construções são "um reflexo de que o governo de Israel escolheu o caminho dos assentamentos e do despotismo, em vez da paz e da negociação".
Israel argumenta que precisa construir novas habitações por causa do "crescimento natural" dos assentamentos. "Isso não é uma questão política e não tem nada a ver com o plano de paz", disse uma autoridade israelense.


Com agências internacionais

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