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ONG condiciona observação eleitoral a acordo
DO ENVIADO A TEGUCIGALPA
Em visita a Honduras, a ONG
norte-americana Centro Carter, uma das mais reputadas organizações mundiais de monitoramento eleitoral, reiterou
que deixará de atuar nas eleições de novembro caso não haja um acordo entre Roberto Micheletti e Manuel Zelaya.
"Estamos muito agradecidos
em aceitar o convite [para observar as eleições] depois que
houver uma saída negociada à
crise política", disse à Folha
Jennifer McCoy, diretora para
as Américas do Centro Carter,
antes de se reunir com Zelaya,
na embaixada brasileira em Tegucigalpa -para entrar, teve de
esperar uma hora até a sua comitiva ser liberada pelos militares que cercam o prédio.
Dirigida pelo ex-presidente
democrata Jimmy Carter
(1977-81), a entidade tem uma
larga experiência de monitoramento em várias partes do
mundo. Na Venezuela, participou do tenso referendo revogatório do mandato do presidente Hugo Chávez, em 2004.
"Estamos aqui de visita para
ver a situação em primeira
mão, para falar com ambas as
partes, e com vários setores da
sociedade", afirmou McCoy.
Ao lado dela, o ex-vice presidente da Guatemala Eduardo
Stein, também integrante da
comitiva do Centro Carter, disse que as eleições hondurenhas
representam um "dilema".
"Sendo a eleição o mecanismo que historicamente sempre
representou uma saída política
a qualquer crise autoritária,
hoje, se verifica uma situação
muito peculiar em Honduras,
em que a totalidade da comunidade internacional prefere não
reconhecer o status da atual
administração e pressionar para que se chegue a um acordo
político entre as partes [para
reconhecer o resultado da eleição, marcada para 29 de novembro]", afirmou.
Além do Centro Carter, a
União Europeia e a Organização dos Estados Americanos
(OEA) já informaram que não
enviarão observadores se não
houver um acordo político em
Tegucigalpa.
(FM)
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