São Paulo, sábado, 24 de outubro de 2009

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ONG condiciona observação eleitoral a acordo

DO ENVIADO A TEGUCIGALPA

Em visita a Honduras, a ONG norte-americana Centro Carter, uma das mais reputadas organizações mundiais de monitoramento eleitoral, reiterou que deixará de atuar nas eleições de novembro caso não haja um acordo entre Roberto Micheletti e Manuel Zelaya.
"Estamos muito agradecidos em aceitar o convite [para observar as eleições] depois que houver uma saída negociada à crise política", disse à Folha Jennifer McCoy, diretora para as Américas do Centro Carter, antes de se reunir com Zelaya, na embaixada brasileira em Tegucigalpa -para entrar, teve de esperar uma hora até a sua comitiva ser liberada pelos militares que cercam o prédio.
Dirigida pelo ex-presidente democrata Jimmy Carter (1977-81), a entidade tem uma larga experiência de monitoramento em várias partes do mundo. Na Venezuela, participou do tenso referendo revogatório do mandato do presidente Hugo Chávez, em 2004.
"Estamos aqui de visita para ver a situação em primeira mão, para falar com ambas as partes, e com vários setores da sociedade", afirmou McCoy.
Ao lado dela, o ex-vice presidente da Guatemala Eduardo Stein, também integrante da comitiva do Centro Carter, disse que as eleições hondurenhas representam um "dilema".
"Sendo a eleição o mecanismo que historicamente sempre representou uma saída política a qualquer crise autoritária, hoje, se verifica uma situação muito peculiar em Honduras, em que a totalidade da comunidade internacional prefere não reconhecer o status da atual administração e pressionar para que se chegue a um acordo político entre as partes [para reconhecer o resultado da eleição, marcada para 29 de novembro]", afirmou.
Além do Centro Carter, a União Europeia e a Organização dos Estados Americanos (OEA) já informaram que não enviarão observadores se não houver um acordo político em Tegucigalpa. (FM)


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