São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Economia será um dos desafios do novo governo DE BUENOS AIRES Reeleita, uma das grandes dúvidas para a presidente Cristina Kirchner é como seguir com o atual modelo econômico num terceiro mandato do kirchnerismo. A desaceleração da economia brasileira é um dos principais problemas que o novo governo deve enfrentar. O Brasil é o principal parceiro e destino das exportações do país vizinho, principalmente as da área industrial. Mais de 80% dos carros que a Argentina produz, por exemplo, destinam-se ao Brasil. Já há casos de fábricas argentinas produzindo menos e empregos ameaçados. Outra preocupação é sobre a reação da China diante das turbulências da economia mundial. A alta do preço das commodities favoreceu (como o Brasil) enormemente o governo argentino, que pôde aumentar o gasto público. "O futuro da economia argentina depende de três fatores: o crescimento do Brasil, uma possível desvalorização maior do real e os preços das commodities, principalmente o da soja", diz o economista Luciano Laspina. BARREIRAS A relação com o Brasil ainda está marcada pela adoção de barreiras comerciais. O desentendimento dos dois sócios mais importantes do Mercosul começou em 2004, mas tem se acentuado. Empresários brasileiros reclamam que a Argentina segura a entrada de produtos para proteger sua indústria. Ao contrário do governo Lula, que durante oito anos optou por uma "paciência estratégica", Dilma Rousseff reagiu. Em maio, ela resolveu cancelar as licenças automáticas para importação de veículos em resposta às políticas protecionistas argentinas. Apesar de várias reuniões bilaterais, a situação, segundo diplomatas dos dois países, ainda segue pendente. Outro problema que precisará ser resolvido é a inflação, a segunda maior da América Latina -só perde para a da Venezuela. O índice, segundo consultorias privadas, é de 25%, enquanto a taxa oficial do governo é de apenas 9%. Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Cristina mantém 'superpoderes' após as eleições Índice | Comunicar Erros

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