São Paulo, quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

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AMERICANAS

NO AFEGANISTÃO
Os EUA vão financiar milícias locais na luta contra os extremistas do Taleban em partes remotas do Afeganistão, exportando a tática bem-sucedida no Iraque para o país, segundo reportagem do "Wall Street Journal". As primeiras milícias serão estabelecidas na Província de Wardak (leste) nas próximas semanas e podem se multiplicar em caso de sucesso.

NO AFEGANISTÃO 2
A medida mitigaria a falta de apoio dos aliados europeus, que se recusam a enviar mais soldados ao país, onde a Otan mantém hoje um contingente de 50 mil homens -dos quais quase 20 mil são americanos. Os EUA têm cerca de outros 20 mil soldados fora da força da aliança.
O chefe do Estado-Maior americano, Mike Mullen, anunciou o envio de mais 20 mil a 30 mil militares até junho, dentro da meta de Barack Obama de fazer do país o principal front da guerra contra o terrorismo.

EM BAGDÁ
No outro front, o Iraque, o Parlamento aprovou ontem a manutenção de tropas não-americanas após o dia 31, quando expira o mandato da ONU que legitima sua presença. Há hoje cerca de 5.500 soldados não-americanos no país, que agora podem permanecer até julho de 2009 -mesmo prazo obtido pelos EUA em acordo distinto. Mas a segunda força, o Reino Unido, já havia anunciado que suas tropas -cerca de 4.000 homens- deixariam o Iraque até maio próximo.

EM ILLINOIS
A equipe de Obama divulgou ontem o prometido relatório sobre seus contatos com o governador de Illinois, Rod Blagojevich, acusado de tentar "leiloar" a vaga do presidente eleito no Senado -nos EUA, a escolha do nome cabe ao governador. O texto diz que o futuro chefe-de-gabinete (cuja função se aproxima à de ministro da Casa Civil), Rahm Emanuel, teve "um ou dois" contatos por telefone com Blagojevich entre 6 e 8 de novembro. Em um deles, tratou da vaga, mas apenas para sugerir nomes, como o de Valerie Jarrett, amiga de Obama. Não se falou em dinheiro. O futuro presidente não comentou o texto até o início da noite.

EM WASHINGTON
Em sua cerimônia de posse, no dia 20 de janeiro, Obama prestará juramento sobre a mesma bíblia usada por Abraham Lincoln, que assumiu a Presidência em 1861 também egresso de Illinois. Obama será o primeiro a usar o livro, parte do acervo da Biblioteca do Congresso, desde o presidente que encerrou a Guerra Civil, em 1865. Embora não exista obrigação constitucional para o uso de uma bíblia no juramento, devido ao laicismo do Estado, a prática é uma tradição.

NO HAVAÍ
Enquanto não assume, Obama aproveita as folgas de fim de ano no Havaí. Repercutiram na mídia americana, sobretudo on-line, as fotos de Obama na praia, publicadas anteontem também pela Folha. Manchetes como a do "New York Post" -"Em forma para o cargo: o gostosão do Havaí"- e do site TMZ -"capaz de lavar roupa... no seu abdômen!"- aludiram à boa forma de Obama, 47. A agência que fez as fotos diz que ele "não tentou se esconder".


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