DA REDAÇÃO

A Justiça do Colorado condenou ontem a 90 dias de prisão o americano Richard Heene, pai do "menino do balão", por ter mobilizado as autoridades dos EUA, em outubro, a procurar um balão que dizia voar com seu filho Falcon, 6, dentro.
No dia seguinte ao episódio -que foi acompanhado ao vivo pelas TVs americanas-, surgiram indícios de que Heene e sua mulher, Mayumi, haviam elaborado um trote para se autopromover e alcançar a fama em um reality show. No mês passado, o casal admitiu a culpa.
Heene, 48, foi condenado a 30 dias em regime fechado e a 60 em regime aberto, dormindo na prisão. Quando terminar sua pena, a japonesa Mayumi, 45, terá de cumprir 20 dias de prisão, que podem ser cumpridos na forma de serviço público. O juiz do caso disse que houve exploração "da criança, da mídia e da emoção das pessoas".
Os Heene, que têm três filhos, também ficarão em liberdade condicional por quatro anos e pagarão multas, que ainda não foram calculadas, mas são estimadas em cerca de US$ 45 mil. Além disso, a Justiça proibiu a família de tirar qualquer lucro do episódio durante o período de liberdade condicional -não podem assinar contratos para transformar sua história em livro ou em outra iniciativa midiática.
"Quero pedir desculpas à equipe de resgate e a todos que foram envolvidos", declarou Heene à corte.

Com agências internacionais

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