São Paulo, sábado, 25 de fevereiro de 2006

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ORIENTE MÉDIO

Ele defende diálogo

Abbas diz que é ele quem define política

DA REDAÇÃO

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, disse ontem que é ele quem comanda a política palestina e que está aberto a negociar com Israel em qualquer momento e sobre qualquer tema.
Em entrevista à rede de TV israelense Canal 10, Abbas disse que o grupo terrorista Hamas, que mantém a maioria no Parlamento, está tentando parar os ataques com foguetes contra Israel e acalmar as ruas palestinas.
"Eles começaram a conversar sobre isso porque estar na oposição é uma coisa e estar no governo é outra. Tenho certeza de que eles começaram a dizer [aos integrantes] para manter a calma."
As declarações de Abbas ocorreram em meio a mais um dia de violência na região. Soldados israelenses mataram a tiros dois militantes palestinos na faixa de Gaza ontem. Os dois estariam plantando uma bomba. As mortes provocaram promessas de vingança do Hamas.
"Mártires, descansem em paz, e nós continuaremos a luta", gritavam milhares de simpatizantes do Hamas no funeral dos militantes -um deles é filho de um recém-eleito parlamentar do Hamas.
Também em Gaza, um fabricante de bombas do Hamas morreu quando um artefato explodiu num treinamento de terroristas.
"O Hamas continua treinando os guerreiros para o jihad", disse o porta-voz da organização Sami Abu Zuhri.
A esmagadora vitória do Hamas sobre o Fatah de Abbas, em 25 de janeiro, abriu caminho para que a organização terrorista formasse um novo gabinete e dificulta a retomada das negociações de paz na região.

Rice
A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, encerrou ontem um giro por países árabes sem conseguir o apoio para sua política de isolamento do Hamas e do Irã.
Rice havia pedido a aliados na região que deixassem de financiar a ANP no caso de um gabinete do Hamas tomar posse. Apesar do esforço, ela não obteve respaldo do Egito, da Arábia Saudita ou dos Emirados Árabes Unidos, tradicionais aliados na região.
Mesmo diante do fracasso, Rice afirmou ontem que notou um apoio "amplo e forte" dos países árabes à posição americana sobre o Irã, acusado pelos EUA de querer construir armas nucleares.


Com agências internacionais

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