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ORIENTE MÉDIO
Ele defende diálogo
Abbas diz que é ele quem define política
DA REDAÇÃO
O presidente da Autoridade
Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, disse ontem que é
ele quem comanda a política palestina e que está aberto a negociar com Israel em qualquer momento e sobre qualquer tema.
Em entrevista à rede de TV israelense Canal 10, Abbas disse
que o grupo terrorista Hamas,
que mantém a maioria no Parlamento, está tentando parar os ataques com foguetes contra Israel e
acalmar as ruas palestinas.
"Eles começaram a conversar
sobre isso porque estar na oposição é uma coisa e estar no governo é outra. Tenho certeza de que
eles começaram a dizer [aos integrantes] para manter a calma."
As declarações de Abbas ocorreram em meio a mais um dia de
violência na região. Soldados israelenses mataram a tiros dois
militantes palestinos na faixa de
Gaza ontem. Os dois estariam
plantando uma bomba. As mortes provocaram promessas de
vingança do Hamas.
"Mártires, descansem em paz, e
nós continuaremos a luta", gritavam milhares de simpatizantes do
Hamas no funeral dos militantes
-um deles é filho de um recém-eleito parlamentar do Hamas.
Também em Gaza, um fabricante de bombas do Hamas morreu quando um artefato explodiu
num treinamento de terroristas.
"O Hamas continua treinando
os guerreiros para o jihad", disse
o porta-voz da organização Sami
Abu Zuhri.
A esmagadora vitória do Hamas sobre o Fatah de Abbas, em
25 de janeiro, abriu caminho para
que a organização terrorista formasse um novo gabinete e dificulta a retomada das negociações de
paz na região.
Rice
A secretária de Estado dos EUA,
Condoleezza Rice, encerrou ontem um giro por países árabes
sem conseguir o apoio para sua
política de isolamento do Hamas
e do Irã.
Rice havia pedido a aliados na
região que deixassem de financiar
a ANP no caso de um gabinete do
Hamas tomar posse. Apesar do
esforço, ela não obteve respaldo
do Egito, da Arábia Saudita ou
dos Emirados Árabes Unidos, tradicionais aliados na região.
Mesmo diante do fracasso, Rice
afirmou ontem que notou um
apoio "amplo e forte" dos países
árabes à posição americana sobre
o Irã, acusado pelos EUA de querer construir armas nucleares.
Com agências internacionais
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