São Paulo, sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

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Suíça anuncia congelamento de bens de líder líbio

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Suíça ordenou o congelamento imediato dos possíveis bens no país de Muammar Gaddafi e sua família. A intenção é impedir que recursos do Estado líbio fiquem nas mãos do ditador, afirma o governo.
Segundo os suíços, a decisão foi tomada "em face dos últimos acontecimentos" na Líbia, onde os conflitos entre rebeldes e as forças pró-Gaddafi deixaram centenas de mortos.
Recentemente, o governo suíço anunciou que também congelaria os bens dos ex-ditadores Zine el Abidine Ben Ali, da Tunísia, e Hosni Mubarak, do Egito -nos dois casos, no entanto, a medida só foi tomada depois que eles já haviam deixado o poder.
Não está claro se Gaddafi, seus familiares ou altos funcionários líbios ainda possuem bens na Suíça. Em 2008, a Líbia retirou quase US$ 6 bilhões de bancos suíços logo depois da prisão de um dos filhos do ditador, Hannibal, em um hotel de Genebra.
Especialistas na política da região especulam que Gaddafi e família mantenham bilhões de dólares em contas secretas em lugares como Dubai, Sudeste Asiático e golfo Pérsico.
Impulsionada pelo petróleo, a Líbia cresceu perto de 5% em 2010, o que permitiu que o Estado investisse mais de US$ 100 bilhões em negócios no mundo em áreas tão diversas quanto mídia e futebol.
Hoje os líbios detêm 3% do Pearson Group, que publica o jornal "Financial Times", e 7,5% da Juventus, tradicional clube de futebol de Turim, na Itália.


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