São Paulo, domingo, 25 de março de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CARTILHA

Um cidadão da UE pode transitar ou morar em qualquer país do bloco?
- Sim, com passaporte ou carteira de identidade. O movimento livre de pessoas começou em 1957, a partir de um ponto de vista econômico: qualquer trabalhador assalariado poderia viajar livremente entre os (então seis) países do bloco. O direito foi estendido a prestadores de serviço e autônomos. Em 1992, o Tratado de Maastricht introduziu o conceito de cidadania da UE, conferindo a todo cidadão do bloco o direito de se mudar e residir sem estar ligado a uma atividade econômica. Mas o imigrante deve obter um visto de residência de cinco anos, automaticamente renovável.

Os cidadãos da UE podem trabalhar em qualquer país do bloco?
- Sim, com direito a benefícios como seguro-desemprego e aposentadoria e ao mesmo tratamento dos nativos. Podem também se candidatar ao serviço público de qualquer país -alguns postos-chave (por exemplo, na área diplomática ou nas Forças Armadas) podem ser restritos aos nativos. Os países que se juntaram ao bloco em 2004 e em 2007 passam por um período de transição, durante os quais os Estados que já integravam a UE podem impor restrições aos trabalhadores imigrantes -os novos membros podem fazer o mesmo, em sentido inverso.

Como se dá a participação política dos cidadãos da UE?
- Eles podem votar e se candidatar às eleições para o Parlamento europeu em qualquer país do bloco. Todo cidadão da UE residindo em outro país que não o seu também tem o direito de votar e de se candidatar às eleições municipais no lugar de residência. Os países-membros podem restringir a participação dos estrangeiros em eleições regionais e nacionais.

Para o consumidor, como funciona a livre-circulação de mercadorias na UE?
- O mercado único permite que objetos e serviços de uso pessoal sejam transportados de um país a outro sem limite de valor. Restrições se aplicam a carros, tabaco e álcool. A qualidade de mercadorias e serviços obedece a regras de segurança determinadas pela UE. Os Estados-membros são livres para escolherem o sistema tributário, mas o bloco proíbe a guerra de incentivos fiscais e busca "harmonizar" a cobrança de impostos indiretos. (MARCO AURÉLIO CANÔNICO)


Texto Anterior: Bloco europeu festeja 50 anos de burocracia e paz
Próximo Texto: Para historiador, Iluminismo define Europa
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.