São Paulo, quinta-feira, 25 de março de 2010

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Obama critica repressão em Cuba e pede o fim de prisões

Condenação é a mais dura do governo, que tenta distensão

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, Barack Obama, fez ontem as mais duras críticas de seu governo a Cuba ao cobrar o fim da repressão contra opositores e a libertação de todos os prisioneiros políticos mantidos por Havana.
A Casa Branca, em nota, qualificou de "perturbadoras" a "trágica" morte do preso político Orlando Zapata Tamayo no mês passado, após 85 dias de greve de fome, e a repressão às Damas de Branco, que promoveram sete dias de protesto na semana passada em memória aos sete anos da Primavera Negra -a última forte onda de repressão contra oposicionistas.
A troca de críticas entre os EUA e Cuba -que responsabiliza Washington pela morte de Zapata- vai na contramão da estratégia do governo Obama de promover uma política de distensão com o regime da ilha, alvo de embargo há 48 anos.
Em abril do ano passado, o presidente americano chegou a propor o "recomeço" das relações com o regime dos irmãos Castro e, em junho, aceitou revogar a suspensão de Cuba da OEA (Organização dos Estados Americanos) -em vigor desde 1962-, além de promover o relaxamento de uma série de restrições, como nas questões de migrações e serviços postais.
Por meio do comunicado de ontem, Obama disse que, apesar de ter dado "passos" na sinalização do desejo de "promover uma nova era nas relações entre os governos de EUA e Cuba", Havana "continua respondendo às aspirações do povo cubano com o punho cerrado".


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