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IRAQUE SOB TUTELA
80 ficam feridos
Sete carros-bomba matam dez no Iraque
DA REDAÇÃO
Uma onda de explosões de carros-bomba deixou ontem em
Bagdá pelo menos dez pessoas
mortas e cerca de 80 feridas, em
uma aparente campanha de radicais para desacreditar o novo governo do Iraque.
Outros ataques deixaram ainda
ao menos 15 mortos enquanto a
polícia encontrou os corpos de 32
corpos policiais e recrutas iraquianos - aparentemente vítimas de conflitos sectários.
Desde sábado, quando Jawad al
Maliki foi indicado para ocupar o
cargo de primeiro-ministro, mais
de 70 pessoas morreram em ataques desfechados por grupos insurgentes. Ontem, Maliki disse
que sua prioridade será unificar
os grupos étnicos do país, cuja
violência provoca reais temores
de que o Iraque mergulhe rapidamente numa guerra civil.
Em entrevista à CNN, Maliki
afirmou que precisará trabalhar
"para estabelecer uma reconciliação nacional com base no diálogo
nacional e nos interesses comuns". Maliki tem 30 dias, iniciados no sábado, para apresentar
seu gabinete ao Parlamento.
As explosões dos carros-bomba
ocorreram dentro de um intervalo de cinco horas e tiveram início
logo de manhã, num horário em
que muitas pessoas já circulavam
por uma das ruas centrais de Bagdá. Cinco pessoas morreram.
Duas horas depois, bombas escondidas em dois carros estacionados próximos à Universidade
de Mustansiriya mataram outros
cinco civis. Somente nos dois ataques, 77 pessoas ficaram feridas,
disse o tenente-coronel Falah al
Mohammedawi.
Já os 32 policiais e recrutas encontrados mortos ontem, segundo fontes do Ministério do Interior, em duas áreas de Bagdá,
eram todas de Ramadi - coração
da insurgência, antigoverno.
Ontem, ao falar sobre a situação
do Iraque, o presidente dos EUA,
George W. Bush, disse acreditar
que a democracia esteja "brotando" no país.
Ainda ontem, durante julgamento do ex-presidente Saddam
Hussein, promotores apresentaram gravação de uma suposta
conversa, nos anos 80, entre ele e
um ex-alto assessor do governo,
Taha Ramadan.
Saddam diz "ótimo" ao ouvir
que "elementos suspeitos" de Dujail - cidade xiita onde ele sofrera uma tentativa de atentado-
seriam retirados de lá. Um dos defensores de Saddam disse que a
gravação era falsa.
Com agências internacionais
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