São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 2008

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McCain ataca Bush por resposta a Katrina

Do lado democrata, líderes estudam intervir para evitar que disputa pela candidatura chegue a agosto

DA REDAÇÃO

Em um direto ataque ao colega de partido e presidente George W. Bush, o candidato republicano à Casa Branca, John McCain, fez duras críticas ontem à resposta governamental ao desastre causado pelo furacão Katrina em 2005.
O ataque contrasta com a tendência mais recente de aproximação entre McCain e Bush. O presidente, apesar do histórico de rivalidade, endossou o candidato em março.
McCain, por sua vez, usa o apoio de Bush para se fortalecer entre conservadores.
Mas a visita a Nova Orleans teve tom diferente, no quarto dia de um tour pelos "lugares esquecidos" dos EUA -iniciativa adotada para tentar criar apelo com eleitores de renda mais baixa. McCain afirmou que o governo tinha "pessoal incapacitado, não soube mensurar as dimensões do desastre e sofreu falha nas comunicações" após o Katrina.
Questionado se estabelecia uma cadeia de responsabilidade até o comando da Casa Branca, McCain disse enfaticamente que sim. Mais tarde, ele ainda prometeu que um eventual governo seu não repetiria os mesmos erros do governo Bush quanto ao Katrina.
O furacão foi a maior catástrofe a atingir a região. Matou 1.836 pessoas, a maior parte negros da cidade de Nova Orleans.

Democratas
Do lado democrata, a controvérsia é pelo prolongamento da campanha pela candidatura.
Para evitar que a disputa cause um racha no eleitorado, líderes do partido sugeriram que podem forçar a decisão entre Hillary Clinton e Barack Obama logo após o fim da temporada de prévias, em junho.
O líder da maioria no Senado, Harry Reid, afirmou que pode intervir para que os superdelegados -políticos de destaque que votam em quem quiser na convenção democrata, em agosto- decidam seu candidato até as últimas prévias, que ocorrem em 3 de junho em Dakota do Sul e Montana.
Ele considera escrever uma carta conjunta com a presidente do Congresso, Nancy Pelosi, e o diretor do Comitê Nacional Democrata, Howard Dean, exigindo o posicionamento dos superdelegados, diz o site de notícias "Politico.com".
O temor é que os ataques entre Hillary e Obama acabem enfraquecendo ambos. O eleitorado, segundo analistas, pode se tornar tão comprometido com um pré-candidato que se recuse a votar no outro em novembro caso seu favorito perca.


Com "The New York Times"


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