|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
McCain ataca Bush por resposta a Katrina
Do lado democrata, líderes estudam intervir para evitar que disputa pela candidatura chegue a agosto
DA REDAÇÃO
Em um direto ataque ao colega de partido e presidente
George W. Bush, o candidato
republicano à Casa Branca,
John McCain, fez duras críticas
ontem à resposta governamental ao desastre causado pelo furacão Katrina em 2005.
O ataque contrasta com a
tendência mais recente de
aproximação entre McCain e
Bush. O presidente, apesar do
histórico de rivalidade, endossou o candidato em março.
McCain, por sua vez, usa o
apoio de Bush para se fortalecer entre conservadores.
Mas a visita a Nova Orleans
teve tom diferente, no quarto
dia de um tour pelos "lugares
esquecidos" dos EUA -iniciativa adotada para tentar criar
apelo com eleitores de renda
mais baixa. McCain afirmou
que o governo tinha "pessoal
incapacitado, não soube mensurar as dimensões do desastre
e sofreu falha nas comunicações" após o Katrina.
Questionado se estabelecia
uma cadeia de responsabilidade até o comando da Casa Branca, McCain disse enfaticamente que sim. Mais tarde, ele ainda prometeu que um eventual
governo seu não repetiria os
mesmos erros do governo Bush
quanto ao Katrina.
O furacão foi a maior catástrofe a atingir a região. Matou
1.836 pessoas, a maior parte negros da cidade de Nova Orleans.
Democratas
Do lado democrata, a controvérsia é pelo prolongamento da
campanha pela candidatura.
Para evitar que a disputa cause um racha no eleitorado, líderes do partido sugeriram que
podem forçar a decisão entre
Hillary Clinton e Barack Obama logo após o fim da temporada de prévias, em junho.
O líder da maioria no Senado,
Harry Reid, afirmou que pode
intervir para que os superdelegados -políticos de destaque
que votam em quem quiser na
convenção democrata, em
agosto- decidam seu candidato até as últimas prévias, que
ocorrem em 3 de junho em Dakota do Sul e Montana.
Ele considera escrever uma
carta conjunta com a presidente do Congresso, Nancy Pelosi,
e o diretor do Comitê Nacional
Democrata, Howard Dean, exigindo o posicionamento dos
superdelegados, diz o site de
notícias "Politico.com".
O temor é que os ataques entre Hillary e Obama acabem
enfraquecendo ambos. O eleitorado, segundo analistas, pode
se tornar tão comprometido
com um pré-candidato que se
recuse a votar no outro em novembro caso seu favorito perca.
Com "The New York Times"
Texto Anterior: Kirchner assume liderança peronista e preserva poder Próximo Texto: Chile: Estudantes protestam nas ruas contra reforma educacional Índice
|