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EUROPA
Registro de cristianismo em Carta racha UE
DO "INDEPENDENT"
A União Européia se dividiu
ontem sobre a questão das referências a Deus ou ao cristianismo
no esboço da futura Constituição
do bloco, minando o otimismo
vigente quanto à possibilidade de
chegar a um acordo geral sobre a
nova Carta em junho próximo.
Os chanceleres de sete países,
incluindo a Itália e a Polônia, disseram que uma referência às "raízes cristãs da Europa" é prioridade nas negociações em torno da
futura Constituição européia.
Mas a Espanha, que vinha
apoiando a menção à herança
cristã, mudou de lado após a recente troca de governo no país (os
socialistas venceram as eleições
em março último, tirando os conservadores do poder) e ontem
apoiou a França, que protege suas
tradições seculares de longa data.
A disputa aconteceu no momento em que os países da UE se
aproximavam de um acordo com
relação aos principais obstáculos,
incluindo a disputa sobre sistemas de votação e a exigência do
Reino Unido de conservar os vetos nacionais em algumas áreas
que o país considera fundamentais para a sua soberania.
O chanceler do Reino Unido,
Jack Straw, disse estar "um pouco
mais satisfeito" com as conversações sobre as chamadas "linhas
vermelhas" (pontos inegociáveis)
britânicas, em meio a sinais de
que a França e a Alemanha estariam dispostas a fechar acordos
sobre a maioria delas.
Diferentemente do que aconteceu numa reunião difícil na semana passada, um diplomata afirmou ontem estar ""absolutamente
convencido" de que um acordo
sobre a Constituição será fechado
até o final de junho.
O preâmbulo ao esboço de
Constituição, redigido pelo ex-presidente francês Valery Giscard
d'Estaing, faz referência à "herança cultural, religiosa e humanista"
da Europa, sem citar o cristianismo -e, com isso, separando
Igreja e Estado.
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