São Paulo, terça-feira, 25 de maio de 2004

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EUROPA

Registro de cristianismo em Carta racha UE

DO "INDEPENDENT"

A União Européia se dividiu ontem sobre a questão das referências a Deus ou ao cristianismo no esboço da futura Constituição do bloco, minando o otimismo vigente quanto à possibilidade de chegar a um acordo geral sobre a nova Carta em junho próximo.
Os chanceleres de sete países, incluindo a Itália e a Polônia, disseram que uma referência às "raízes cristãs da Europa" é prioridade nas negociações em torno da futura Constituição européia.
Mas a Espanha, que vinha apoiando a menção à herança cristã, mudou de lado após a recente troca de governo no país (os socialistas venceram as eleições em março último, tirando os conservadores do poder) e ontem apoiou a França, que protege suas tradições seculares de longa data.
A disputa aconteceu no momento em que os países da UE se aproximavam de um acordo com relação aos principais obstáculos, incluindo a disputa sobre sistemas de votação e a exigência do Reino Unido de conservar os vetos nacionais em algumas áreas que o país considera fundamentais para a sua soberania.
O chanceler do Reino Unido, Jack Straw, disse estar "um pouco mais satisfeito" com as conversações sobre as chamadas "linhas vermelhas" (pontos inegociáveis) britânicas, em meio a sinais de que a França e a Alemanha estariam dispostas a fechar acordos sobre a maioria delas.
Diferentemente do que aconteceu numa reunião difícil na semana passada, um diplomata afirmou ontem estar ""absolutamente convencido" de que um acordo sobre a Constituição será fechado até o final de junho.
O preâmbulo ao esboço de Constituição, redigido pelo ex-presidente francês Valery Giscard d'Estaing, faz referência à "herança cultural, religiosa e humanista" da Europa, sem citar o cristianismo -e, com isso, separando Igreja e Estado.


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