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Hizbollah está envolvido em morte de Hariri, diz "Spiegel"
DA REDAÇÃO
O grupo armado libanês Hizbollah (xiita) negou ontem que
tenha alguma ligação com o assassinato, em 2005, do ex-primeiro-ministro libanês Rafik
Hariri, segundo afirmou a revista alemã "Der Spiegel" citando investigações da ONU sobre
o caso.
O grupo afirma que a reportagem, publicada na edição de
sábado do semanário, é uma
"fabricação" e uma tentativa de
prejudicar sua imagem antes
das eleições parlamentares.
Previstas para ocorrer em 7
de junho, podem resultar na vitória da coalizão de oposição liderada pelo Hizbollah, com o
apoio de Irã e Síria. O governo
atual tem o apoio do Ocidente.
A morte de Hariri dividiu
profundamente o Líbano. Seus
partidários culpam a Síria pelo
assassinato, o que Damasco nega. Mas até agora ninguém havia acusado o grupo.
Hariri foi morto, com outras
22 pessoas, em um ataque em
uma rua de Beirute. Aliado de
longa data de Damasco, o bilionário empresário vinha, aos
poucos, desafiando as três décadas de domínio sírio no país.
Sua morte provocou grande
consternação doméstica e internacional, o que levou a Síria
a retirar suas tropas do país.
Um deputado do Hizbollah
classificou a reportagem de
"uma grande mentira". "Estamos aguardando o tribunal especial da ONU [instalado na
Holanda, para julgar o caso] para reagir e ver onde a revista obteve essa informação", disse.
O grupo acusou Israel indiretamente, afirmando que quem
deu essa informação quer desviar a atenção das recentes prisões ocorridas, no Líbano, de
pessoas suspeitas de espionar o
Hizbollah a mando de Israel.
Um porta-voz do tribunal recusou-se a comentar o assunto.
"Não lidamos com especulações", disse Radia Achouri. Ele
acrescentou que detalhes da investigação permaneceriam
confidenciais até que todas as
provas fossem recolhidas.
A "Spiegel" diz ter se baseado
em fontes próximas do tribunal
e comprovadas por documentos internacionais e que chegou
há um mês à conclusão sobre o
envolvimento do Hizbollah.
A revista diz que os assassinos usaram oito telefones celulares comprados no mesmo dia
na cidade de Tripoli (norte).
Um deles cometeu o erro de ligar para sua namorada a partir
de um dos aparelhos, revelando, assim, sua identidade.
A revista também associa ao
grupo xiita os explosivos e o caminhão usados no atentado.
Com agências internacionais
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