São Paulo, terça-feira, 25 de maio de 2010

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>ENTREVISTA

Para diplomata, laço com Brasil vive seu ápice

DE BUENOS AIRES

A política externa argentina de longo prazo não tem coerência e alterna interesses nacionais de acordo com o governo. É a opinião do diplomata brasileiro Alessandro Candeas, autor de "Integração Brasil-Argentina: História de uma Ideia", a ser lançado em junho.

 

Folha - A posição argentina no mundo mudou do primeiro centenário para cá? Alessandro Candeas - Em 1910, o país estava em plena trajetória ascendente. Sem dúvida, tinha muito mais prestígio do que o Brasil. Hoje, o país tem menos força, porque não apostou num processo forte de industrialização.

A Argentina tem uma estratégia de inserção no cenário internacional, um perfil de política externa?
Não há coerência na política de longo prazo. Há muitas variações também em relação ao Brasil. A política externa do país é refém da política interna.

A relação com o Brasil está no melhor momento?
Os países não discutem mais se devem ou não dar um tratamento privilegiado recíproco, porque isso já está consolidado. É um cenário bem positivo se considerarmos que, no século 20, houve possibilidade de agressão armada.


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