ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK

O presidente americano, Barack Obama, vai se reunir na semana que vem com líderes democratas e republicanos em uma tentativa de destravar as negociações para redução da dívida dos EUA.
Um acordo é essencial para que o Congresso eleve o teto da dívida, hoje em US$ 14,3 trilhões. Caso esse valor não seja aumentado, os EUA correm o risco de dar calote em suas dívidas, com efeitos na economia mundial.
Segundo a Casa Branca, Obama se reunirá na segunda-feira com os senadores Harry Reid (democrata) e Mitch McConnell (republicanos), líderes dos partidos na Casa. A reunião vai ocorrer depois que os dois republicanos que participavam das negociações bipartidárias sobre acordo da dívida deixaram as negociações anteontem.
Os oposicionistas disseram que o grupo chegou a um impasse e que apenas as lideranças dos partidos podem destravar as negociações.
Democratas querem elevar tributos e cortar gastos de Defesa, enquanto republicanos defendem a redução nos investimentos nos programas de aposentadoria e de saúde.
Apesar da intervenção de Obama, ambos demonstraram ontem que as negociações serão complicadas.
"O presidente e seu partido podem querer um aumento do teto da dívida que inclua elevação de impostos, mas a proposta não pode passar na Câmara dos Representantes [deputados]", disse o republicano John Boehner, presidente da Casa, em que a oposição é maioria -democratas controlam o Senado.
Já o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que Obama está disposto a fazer "escolhas duras, mas não pode pedir à classe média e aos aposentados que assumam todo o peso da redução do deficit e se sacrifiquem, enquanto milionários e bilionários ficam de fora".


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