DA REDAÇÃO

Países árabes convocaram ontem uma reunião do Conselho de Segurança (CS) da ONU com o objetivo de aprovar uma resolução condenando o ataque israelense que matou 15 na faixa de Gaza e exigindo uma retirada militar de Israel das cidades palestinas.
No encontro, ontem à noite, mais de 15 representantes se inscreveram para discursar. Uma eventual votação do texto só aconteceria hoje. Integrantes do governo dos EUA deram a entender que permitiram discussões sobre o tema a contragosto e que exerceriam seu direito a veto em caso de resolução antiisraelense.
"Costumamos nos opor a resoluções em assuntos como esse", disse uma autoridade americana na ONU, que pediu para não ter seu nome revelado. O porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher, disse que "a proposta é que haja um debate (...), mas levamos em conta que o objetivo mais importante é a paz".
Numa carta ao presidente do CS, diplomatas árabes pediram que sejam adotadas "as medidas imediatas necessárias para garantir um fim à atual situação trágica" em vista da "contínua agressão militar israelense contra o povo palestino".
Um projeto de resolução foi distribuído aos integrantes do CS, O texto faz um chamado para o "completo encerramento de todos os atos de violência". E exige um recuo das tropas de Israel às posições que ocupavam antes de setembro de 2000, quando começou a Intifada. Segundo a iniciativa árabe, a resolução diria que o CS está "gravemente preocupado com a execução extrajudicial" do líder do Hamas e "alarmado com a reocupação de cidades palestinas" por tropas israelenses.

Brasil
O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou por meio de seu porta-voz que deplora os recentes ataques de Israel contra civis palestinos. E estendeu aos familiares das vítimas o sentimento de pesar da sociedade brasileira.