São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 2002

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GUERRA SEM LIMITES

Bush deve aprovar

Senado dos EUA aprova pacote antiterrorismo

DA REDAÇÃO

O Senado dos EUA aprovou ontem a liberação de US$ 28,9 bilhões (relativos a fundos de emergência) para o Pentágono, para os esforços visando a aumentar a segurança dos americanos e para a reconstrução da cidade de Nova York -entre outras coisas-, enviando o vultoso pacote antiterrorismo ao presidente George W. Bush, que deverá assiná-lo e transformá-lo em lei.
O projeto de lei recebeu 92 votos favoráveis e sete votos contrários à sua aprovação. Anteontem, a Câmara tinha dado sua anuência ao mesmo projeto. Anteriormente, os legisladores tinham cortado alguns bilhões de dólares do projeto para satisfazer a Casa Branca, que achava que o custo estimado do plano fosse muito elevado.
Porém os aspectos principais do projeto de lei, que Bush requisitou há mais de quatro meses, sempre contaram com o apoio da maioria dos legisladores.
A aprovação do projeto foi retardada por conta de duras disputas entre a Casa Branca, que queria limitar seu custo por causa do peso orçamentário que ele representa, e os legisladores, que estavam determinados a defender suas próprias prioridades e seu papel constitucional no que se refere à liberação de fundos.
"Estamos contentes com o fato de que o Congresso respeitou a vontade do presidente. Além disso, estamos satisfeitos com a liberação dos fundos necessários para garantir a segurança de nosso território e para dar continuidade à guerra ao terrorismo", declarou Amy Call, porta-voz da Casa Branca.
A batalha política em torno do projeto fez com que o Pentágono dissesse, recentemente, que ficaria sem dinheiro para bancar suas operações vitais se o pacote não fosse aprovado até o final deste mês. O Departamento dos Transportes também afirmou que os esforços de controle de bagagens nos aeroportos seriam prejudicados se o impasse continuasse.
O projeto prevê uma contribuição suplementar de US$ 14,5 bilhões para as atividades americanas no Afeganistão -e para outras atividades militares- e outra de US$ 6,7 bilhões para reforçar a segurança doméstica.
Outros US$ 5,5 bilhões irão para a cidade de Nova York. Também estão previstos gastos para ajudar aliados dos EUA, como a Indonésia e a Colômbia, em seus esforços para conter o terrorismo.
E, pensando nas eleições legislativas que ocorrerão em novembro próximo, os legisladores também incluíram no projeto de lei uma série de itens que não têm relação com os esforços americanos para enfrentar o terrorismo internacional.
Assim, o pacote prevê que um popular programa de bolsas para estudantes universitários venha a receber US$ 1 bilhão, que US$ 400 milhões sejam destinados à melhoria do sistema de votação do país e que US$ 200 milhões sejam investidos no combate internacional à Aids e a outras doenças infecciosas.
Os escândalos financeiros que assolam o país também foram lembrados pelos legisladores. Com isso, US$ 31 milhões serão destinados à melhoria do sistema de controle da contabilidade das empresas que têm ações na Bolsa de Valores. O texto também prevê que israelenses e palestinos venham a receber uma ajuda humanitária de US$ 250 milhões.


Com agências internacionais


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