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GUERRA SEM LIMITES
Bush deve aprovar
Senado dos EUA aprova pacote antiterrorismo
DA REDAÇÃO
O Senado dos EUA aprovou ontem a liberação de US$ 28,9 bilhões (relativos a fundos de emergência) para o Pentágono, para os
esforços visando a aumentar a segurança dos americanos e para a
reconstrução da cidade de Nova
York -entre outras coisas-, enviando o vultoso pacote antiterrorismo ao presidente George W.
Bush, que deverá assiná-lo e
transformá-lo em lei.
O projeto de lei recebeu 92 votos
favoráveis e sete votos contrários
à sua aprovação. Anteontem, a
Câmara tinha dado sua anuência
ao mesmo projeto. Anteriormente, os legisladores tinham cortado
alguns bilhões de dólares do projeto para satisfazer a Casa Branca,
que achava que o custo estimado
do plano fosse muito elevado.
Porém os aspectos principais do
projeto de lei, que Bush requisitou há mais de quatro meses,
sempre contaram com o apoio da
maioria dos legisladores.
A aprovação do projeto foi retardada por conta de duras disputas entre a Casa Branca, que queria limitar seu custo por causa do
peso orçamentário que ele representa, e os legisladores, que estavam determinados a defender
suas próprias prioridades e seu
papel constitucional no que se refere à liberação de fundos.
"Estamos contentes com o fato
de que o Congresso respeitou a
vontade do presidente. Além disso, estamos satisfeitos com a liberação dos fundos necessários para
garantir a segurança de nosso território e para dar continuidade à
guerra ao terrorismo", declarou
Amy Call, porta-voz da Casa
Branca.
A batalha política em torno do
projeto fez com que o Pentágono
dissesse, recentemente, que ficaria sem dinheiro para bancar suas
operações vitais se o pacote não
fosse aprovado até o final deste
mês. O Departamento dos Transportes também afirmou que os
esforços de controle de bagagens
nos aeroportos seriam prejudicados se o impasse continuasse.
O projeto prevê uma contribuição suplementar de US$ 14,5 bilhões para as atividades americanas no Afeganistão -e para outras atividades militares- e outra
de US$ 6,7 bilhões para reforçar a
segurança doméstica.
Outros US$ 5,5 bilhões irão para
a cidade de Nova York. Também
estão previstos gastos para ajudar
aliados dos EUA, como a Indonésia e a Colômbia, em seus esforços
para conter o terrorismo.
E, pensando nas eleições legislativas que ocorrerão em novembro
próximo, os legisladores também
incluíram no projeto de lei uma
série de itens que não têm relação
com os esforços americanos para
enfrentar o terrorismo internacional.
Assim, o pacote prevê que um
popular programa de bolsas para
estudantes universitários venha a
receber US$ 1 bilhão, que US$ 400
milhões sejam destinados à melhoria do sistema de votação do
país e que US$ 200 milhões sejam
investidos no combate internacional à Aids e a outras doenças
infecciosas.
Os escândalos financeiros que
assolam o país também foram
lembrados pelos legisladores.
Com isso, US$ 31 milhões serão
destinados à melhoria do sistema
de controle da contabilidade das
empresas que têm ações na Bolsa
de Valores. O texto também prevê
que israelenses e palestinos venham a receber uma ajuda humanitária de US$ 250 milhões.
Com agências internacionais
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