São Paulo, segunda-feira, 25 de julho de 2011

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Artistas do Brasil ignoram apelo por boicote a shows

DE JERUSALÉM

Gilberto Gil voltou a se apresentar em Israel ontem, em seu segundo show no país em três meses. Como na primeira vez, Gil ignorou a campanha de boicote a Israel.
Nos últimos anos, todo artista estrangeiro que anuncia apresentações no país é alvo de uma enxurrada de emails de ativistas pró-palestinos pedindo que mude de ideia.
Muitos atendem aos apelos. O último foi o guitarrista mexicano Carlos Santana, que cancelou um show no começo do ano. Entre brasileiros, o boicote é raro.
Em sua última passagem por Israel, em abril, Gil contou à Folha que recebeu "uma quantidade enorme" de emails da campanha.
"Mandei responder que sou frequentador costumeiro de Israel, tenho diálogo fácil, natural como o país, uma receptividade muito grande", afirmou Gil.
"Gostaria também de ir à Palestina. O dia que me chamarem eu vou."
O objetivo dos palestinos é repetir a pressão contra a África do Sul, que levou ao fim do regime segregacionista do apartheid.
"Há estradas na Cisjordânia que eu não posso usar como palestino. Nunca, nem nas horas mais escuras do apartheid, negros foram impedidos de usar estradas usadas por brancos", diz o negociador Saeb Erekat.
O diretor do Festival de Cinema Brasileiro em Israel, Shlomo Azaria, diz que em 11 anos do evento jamais teve uma participação cancelada por motivos políticos.
Em setembro, pouco antes da Assembleia Geral da ONU, Roberto Carlos se apresentará em Jerusalém, também ignorando o boicote.
O show será na "Piscina do Sultão", local considerado terra de ninguém em 1967. (MN)



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