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ARGENTINA
Macri e Ibarra, atual prefeito, lideram enquete
Boca-de-urna indica que eleição em Buenos Aires vai ter 2º turno
ELAINE COTTA
DE BUENOS AIRES
A eleição para a Prefeitura de
Buenos Aires, na Argentina, vai
ter segundo turno, no dia 14 de setembro, segundo indicavam as
pesquisas de boca-de-urna realizadas durante a votação. Os números do levantamento não foram divulgados por motivos legais, mas, segundo a imprensa local, Maurício Macri e o atual prefeito, Anibal Ibarra, são os dois
primeiros colocados. Para se eleger no primeiro turno, é necessário ter 50% dos votos mais um.
Até o fechamento desta edição,
a Justiça Eleitoral argentina não
havia divulgado resultados oficiais da apuração dos votos.
O último levantamento de intenções de voto, realizado na semana passada pela consultoria
Analogias, mostrava que Macri
teria 31,2% dos votos, e Ibarra,
30,6%. A mesma pesquisa apontou que, num eventual segundo
turno, Ibarra ficaria com 48,6%, e
Macri, com 38,4%.
Ibarra, 45, é candidato da Força
Portenha, uma aliança de centro-esquerda, e conta com o apoio do
presidente Néstor Kirchner. Macri, 45, do partido Compromisso
para a Mudança, se identifica com
uma ala mais de centro-direita e
tem apoio do setor mais conservador do PJ (Partido Justicialista),
a legenda de Kirchner. Macri também é herdeiro de Francisco Macri, dono de um dos maiores grupos empresariais da Argentina
(Socma) e amigo do ex-presidente Carlos Menem (1989-99).
Ambos lideraram as pesquisas
de intenção de voto desde o início
da campanha eleitoral. A candidatura de Macri, que é presidente
do Boca Juniors, ganhou força depois que o time venceu a Taça Libertadores, no começo de julho.
A eleição teve ao todo 28 candidatos, mas a disputa mais acirrada ficou entre Macri e Ibarra. O
terceiro lugar está sendo disputado pela candidata do partido Esquerda Unida, Patricia Bulrich, e
por Luis Zamora, da legenda Autodeterminação e Liberdade.
A eleição para a Prefeitura de
Buenos é considerada a segunda
mais importante do país, depois
da presidencial. A capital argentina tem cerca de 3 milhões de habitantes e é o centro político e o motor econômico do país. Também
foi uma das cidades que mais sofreram com a crise que provocou
a retração de quase 20% da economia do país nos últimos quatro
anos. O pleito na capital é o primeiro grande teste de popularidade do presidente argentino, que
assumiu em 25 de maio.
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