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São Paulo, segunda-feira, 25 de agosto de 2003

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ARGENTINA

Macri e Ibarra, atual prefeito, lideram enquete

Boca-de-urna indica que eleição em Buenos Aires vai ter 2º turno

ELAINE COTTA
DE BUENOS AIRES

A eleição para a Prefeitura de Buenos Aires, na Argentina, vai ter segundo turno, no dia 14 de setembro, segundo indicavam as pesquisas de boca-de-urna realizadas durante a votação. Os números do levantamento não foram divulgados por motivos legais, mas, segundo a imprensa local, Maurício Macri e o atual prefeito, Anibal Ibarra, são os dois primeiros colocados. Para se eleger no primeiro turno, é necessário ter 50% dos votos mais um.
Até o fechamento desta edição, a Justiça Eleitoral argentina não havia divulgado resultados oficiais da apuração dos votos.
O último levantamento de intenções de voto, realizado na semana passada pela consultoria Analogias, mostrava que Macri teria 31,2% dos votos, e Ibarra, 30,6%. A mesma pesquisa apontou que, num eventual segundo turno, Ibarra ficaria com 48,6%, e Macri, com 38,4%.
Ibarra, 45, é candidato da Força Portenha, uma aliança de centro-esquerda, e conta com o apoio do presidente Néstor Kirchner. Macri, 45, do partido Compromisso para a Mudança, se identifica com uma ala mais de centro-direita e tem apoio do setor mais conservador do PJ (Partido Justicialista), a legenda de Kirchner. Macri também é herdeiro de Francisco Macri, dono de um dos maiores grupos empresariais da Argentina (Socma) e amigo do ex-presidente Carlos Menem (1989-99).
Ambos lideraram as pesquisas de intenção de voto desde o início da campanha eleitoral. A candidatura de Macri, que é presidente do Boca Juniors, ganhou força depois que o time venceu a Taça Libertadores, no começo de julho.
A eleição teve ao todo 28 candidatos, mas a disputa mais acirrada ficou entre Macri e Ibarra. O terceiro lugar está sendo disputado pela candidata do partido Esquerda Unida, Patricia Bulrich, e por Luis Zamora, da legenda Autodeterminação e Liberdade.
A eleição para a Prefeitura de Buenos é considerada a segunda mais importante do país, depois da presidencial. A capital argentina tem cerca de 3 milhões de habitantes e é o centro político e o motor econômico do país. Também foi uma das cidades que mais sofreram com a crise que provocou a retração de quase 20% da economia do país nos últimos quatro anos. O pleito na capital é o primeiro grande teste de popularidade do presidente argentino, que assumiu em 25 de maio.

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