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Boeing 737 cai após decolar e mata 68 no Quirguistão
Avião pertencia à empresa quirguiz Itek Air, que está banida do espaço aéreo europeu por descumprir normas de segurança
Vôo tinha como destino Teerã e maioria dos mortos tem nacionalidade iraniana; 22 pessoas escaparam com vida, entre elas o piloto
DA REDAÇÃO
Um avião de passageiros caiu
ontem momentos após a decolagem, matando pelo menos 68
pessoas no Quirguistão, ex-república soviética na Ásia Central. O vôo levava 90 pessoas de
Bishkek, capital quirguiz, ao
Irã, mas sofreu problemas técnicos e caiu durante a tentativa
de pouso de emergência a cerca
de 10 quilômetros do aeroporto
internacional de Bishkek.
A porta-voz presidencial Rosa Daudova confirmou ontem a
morte de 68 dos 83 passageiros
e sete tripulantes que estavam
a bordo. Vinte e duas pessoas
sobreviveram -18 delas foram
hospitalizadas e as demais quatro só tiveram ferimentos leves.
O vôo levava 17 jogadores de
um time juvenil de vôlei da capital. Dez dos atletas adolescentes sobreviveram.
O avião, um Boeing 737, pertencia a Itek Air, do Quirguistão, banida do espaço aéreo europeu por descumprir as normas de segurança da aviação. A
aeronave fora fretada pela
companhia iraniana Aseman,
segundo relatos iniciais das autoridades quirguizes.
De acordo com o ministro
quirguiz dos Transportes, Nurlan Sulaimanov, a aeronave
-construída em 1979- tinha
sido inspecionada há apenas
dois meses e apresentava bom
estado de conservação.
Detalhes
O avião decolou às 20h30 locais (10h30, em Brasília) do aeroporto de Manas, em Bishkek,
e, cinco minutos depois de levantar vôo, solicitou autorização para um pouso de emergência, segundo Alexandre
Axionov, representante da
aviação civil quirguiz. O piloto
tentava realizar uma aterrissagem emergencial no campo
quando a aeronave entrou em
colapso, às 20h40 locais, disse
Axionov a uma emissora de rádio local.
Após a queda, o avião pegou
fogo. Muitos dos corpos foram
carbonizados e só poderão ser
identificados através de exame
de DNA, segundo as autoridades quirguizes.
Após o acidente, os Estados
Unidos, que utilizam parte das
instalações de Manas como base para enviar suprimentos para as tropas no Afeganistão,
mandaram ambulâncias
O premiê do Quirguistão,
Igor Chudinov, afirmou que 51
estrangeiros estavam no vôo
-entre eles, cidadãos 52 do Irã,
três do Cazaquistão, dois canadenses, um turco e um chinês.
Não havia sul-americanos a
bordo do aeronave, que tinha
como destino Teerã.
As causas do acidente ainda
não são conhecidas, mas, relatos iniciais indicam que a despressurização súbita da aeronave levou o piloto a pedir autorização para o pouso emergencial. "O piloto sobreviveu,
mas não é possível falar com ele
no momento", disse Chudinov,
sem entrar em detalhes.
O último acidente com vítimas de um Boeing 737 havia
ocorrido em junho do ano passado, em Angola -na ocasião,
morreram cinco pessoas. O acidente de ontem, o mais grave
ocorrido na ex-república soviética desde a sua independência,
foi o 65º com vítimas desse modelo de aeronave desde 1972,
segundo o site airsafe.com.
Com agências internacionais
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