São Paulo, quarta-feira, 25 de setembro de 2002

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EUA propõem nova força à Otan

DA REUTERS

Os EUA propuseram ontem a ministros da Defesa de países-membros da Otan (aliança militar ocidental) a criação de uma força altamente equipada e composta de 20 mil soldados para ser utilizada na "guerra ao terrorismo".
Alguns representantes de governos europeus afirmaram apoiar a idéia, mas outros disseram temer que a força concorra com a Força de Reação Rápida da União Européia, um projeto ainda não testado e programado para começar a operar em 2003.
A França disse que a Otan não deveria operar fora das fronteiras de seus países-membros e que a nova força deveria receber o aval do Conselho de Segurança da ONU a cada vez que quisesse agir, uma posição classificada por autoridades americanas como "um problema semântico".
O secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, afirmou ter recebido uma resposta majoritariamente positiva a sua afirmação de que a Otan definharia e morreria se não se preparasse para ataques como os ocorridos em 11 de setembro nos EUA no ano passado.
"Se a Otan não tiver uma força que seja rápida e ágil, que possa ser mobilizada em dias ou semanas em vez de anos, não terá muito a oferecer ao mundo no século 21", disse Rumsfeld na reunião de ministros em Varsóvia (Polônia).
Se o plano for endossado pelos ministros e aceito pelos chefes de Estado da aliança em uma reunião em novembro em Praga, a Otan poderia começar a construir a força em dois anos.
A força incluiria soldados europeus e americanos, teria armas como bombas guiadas por satélite e equipamentos para se proteger de ataques químicos e biológicos.
"Acreditamos nessa aliança e queremos que ela tenha sucesso", disse Rumsfeld. O secretário advertiu que, se a Otan não se modernizasse e melhorasse sua capacidade militar, "enviaria uma mensagem prejudicial ao mundo sobre nossa aliança".


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