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Gabinete de Israel aprova plano
de compensação para colonos
DA REDAÇÃO
O gabinete do premiê israelense, Ariel Sharon, aprovou um programa de compensação para os
colonos judeus que forem removidos dos assentamentos na faixa
de Gaza e na Cisjordânia.
A aprovação desse programa é
considerada chave para o plano
de retirada das colônias, que será
votado amanhã no Knesset (Parlamento de Israel).
Foram 13 votos a favor e 6 contra -cinco dos opositores pertencem ao partido de Sharon (Likud) e se opõem ao plano de remoção dos assentamentos.
Na votação de amanhã, o premiê também deve enfrentar oposição de integrantes do Likud, que
estão aliados com a extrema direita israelense contra o plano. Mas o
apoio da oposição do Partido Trabalhista e de legendas da esquerda
israelenses deve garantir a maioria para Sharon.
"O trem já deixou a estação. A
implementação [do plano de saída de Gaza] está a caminho", disse
Raanan Gissin, porta-voz de Sharon. "Após a votação no Knesset,
será irreversível", acrescentou.
Segundo o programa de compensação aos colonos, cada uma
das famílias receberá uma média
de US$ 330 mil, segundo o diário
israelense "Haaretz".
Caso o colono aceite se retirar
antecipadamente das colônias, ele
poderá receber um terço a mais
do que o valor previsto.
O gabinete também aprovou
penas, incluindo prisão, para os
colonos que resistirem violentamente a ordens de retirada.
Crianças e adolescentes com idades entre 12 e 18 anos também estarão sujeitas a essas punições, segundo a agência de notícias internacionais Reuters.
O plano de desengate, como está sendo chamado, será o primeiro a provocar o desmantelamento
de colônias judaicas em territórios palestinos ocupados por Israel na guerra árabe-israelense de
1967. Ao todo, os 21 assentamentos da faixa de Gaza e quatro no
norte da Cisjordânia devem ser
removidos.
Documento do governo israelense que vazou para a imprensa
ontem indica que Israel continuará se considerando uma força de
ocupação em Gaza mesmo após a
possível retirada, pois o país manterá o controle das fronteiras, do
espaço aéreo e da costa dessa região reivindica pelos palestinos.
Para hoje e amanhã, está previsto uma série de protestos de colonos e religiosos judeus contrários
à retirada dos assentamentos da
região, que eles enxergam como
parte de Israel.
Com agências internacionais
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