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CLIMA
No México, presidente exige ação
Wilma chega à Flórida e 5 pessoas morrem
DA REDAÇÃO
O furacão Wilma chegou ontem ao Estado americano da Flórida, com rajadas de vento de até
200 km/h, quebrando janelas e
destelhando casas nas regiões de
Miami e Fort Lauderdale, além do
arquipélago de Keys. De acordo
com autoridades locais, ao menos
cinco pessoas morreram em todo
o Estado.
Segundo a rede de notícias
CNN, o governador da Flórida,
Jeb Bush -irmão do presidente
George W. Bush-, afirmou que
pelo menos 2,2 milhões de casas
ficaram sem energia elétrica no
Estado.
O Wilma, que chegou aos EUA
enquadrado na categoria 3 -sendo que a mais forte é a 5- após
deixar dez mortos na península
mexicana do Yucatán, também
alagou ruas e bloqueou estradas.
Segundo contou à agência de notícias Associated Press Jay Gewin,
da Prefeitura de Key West, 35%
da cidade estava inundada, incluindo o aeroporto e a rodovia
US 1, que interliga as pequenas
ilhas que compõem o arquipélago
de Keys e as liga ao continente.
No entanto autoridades locais
afirmaram que 90% dos cerca de
80 mil residentes do município de
Key West se recusaram a deixá-lo.
O presidente Bush declarou estado de emergência na Flórida e
afirmou que autoridades do governo federal trabalhariam entrosadas com autoridades locais para
distribuir comida, remédios e
água nas áreas afetadas.
México
Antes de chegar à Flórida, o
Wilma passou pela península do
Yucatán, no México, região das
estâncias turísticas de Cancún e
da ilha de Cozumel, onde deixou
dez mortos. Sobre os estragos
causados pelo furacão, Jesús Almaguer, presidente do sindicato
patronal de hotelaria do Estado
de Quintana Roo, afirmou que a
região precisará de três a quatro
meses para voltar ao normal.
Em Cancún, centenas de pessoas promoveram saques no fim
de semana. Para inibir os furtos, a
Polícia Federal deteve cerca de
370 pessoas, contou à agência de
notícias France Presse o subdiretor da Polícia Judiciária Jaime Ongay. O prefeito ordenou, ontem,
toque de recolher a partir das 19h.
Toque de recolher também foi
decretado em Cozumel.
Diante das reclamações de parte
dos cerca de 20 mil turistas alojados em abrigos improvisados sobre a falta de comida e água
-sem falar na energia elétrica-,
o presidente do México, Vicente
Fox, demonstrou ter perdido a
paciência ao exigir que o Exército
e a polícia montassem um centro
de operação conjunta para impedir os saques e começar a remover
os turistas. "Quero esse centro de
comando operando com capacidade total agora", gritou, para
membros da administração local.
Fox reclamou que os moradores de Cancún estavam famintos e
interrompeu a chefe da defesa civil Carmen Segura, que dizia a ele
que os mantimentos estavam a
caminho: "Esqueça, Carmen. Eu
não sei se os suprimentos acabaram ou se estão na barriga das
pessoas, mas eu não os vejo aqui".
O Wilma, que ontem se deslocava rumo noroeste, a cerca de 40
km/h, em direção ao oceano
Atlântico, afetou também Cuba,
onde alagou regiões costeiras e
deixou a capital, Havana, sem
energia elétrica. Na semana passada, o furacão deixou 13 mortos
na Jamaica e no Haiti.
Com agências internacionais
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