São Paulo, quarta-feira, 25 de outubro de 2006

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Itália pede o indiciamento de espiões

DE WASHINGTON

A operação "rendição extraordinária" sofre nesta semana seu maior revés jurídico na Europa. Nos próximos dias, um procurador italiano deve pedir indiciamento do ex-chefe de espionagem daquele país por ter ajudado a CIA na prisão de um religioso egípcio que resultou em sua transferência de país e, segundo afirma o próprio, tortura.
Junto de Nicolò Pollari, devem ser indiciados mais de 30 agentes, italianos e da CIA -entre estes, a maioria já deixou o país. A vítima é Hassan Mustafa Osama Nasr, conhecido como Abu Omar, que foi seqüestrado em Milão no começo de 2003 e transferido para o Egito.
Ali, segundo conta, foi torturado e hoje em dia, já solto, mal consegue andar sem auxílio. Na relação dos acusados pela promotoria estaria o ex-chefe da agência de inteligência norte-americana em Milão, Robert Seldon Lady, e Giuliano Tavaroli, ex-chefe de segurança da Telecom Itália e ex-braço direito de Marco Tronchetti Provera, presidente da empresa há pouco afastado do cargo.
Em um caso não-relacionado, Tavaroli também é apontado, segundo a última edição da revista italiana "Panorama", como autor de um dossiê sobre o Ministro da Justiça brasileiro, Márcio Thomaz Bastos, feito em 2005. (SD)


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