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Para Lugo, ações de sem-terra são por necessidade
DA REDAÇÃO
O presidente paraguaio,
Fernando Lugo, disse ontem acreditar que as ações
dos sem-terra locais são
motivadas mais por necessidade do que por xenofobia. A declaração foi dada
em visita do mandatário
ao departamento de San
Pedro, centro da tensão
entre sem-terra e "brasiguaios" nos últimos dias.
"Os imigrantes são bem-vindos no Paraguai, [desde
que] dentro do âmbito da
legalidade", afirmou. Além
disso, "muitos dos chamados "brasiguaios" já são paraguaios, têm seus filhos,
seus netos, e estão [radicados] legalmente, sem motivo de preocupação".
San Pedro, localizada
cerca de 300 quilômetros
ao norte da capital, Assunção, é a base política do
presidente, onde por mais
de dez anos o então bispo
Lugo atuou ao lado de movimentos sociais, entre
eles grupos sem terra.
O dia de despachos oficiais no departamento é
uma tentativa do governo
de amainar as tensões na
zona rural,. Além disso, é
um aceno aos sem-terra,
que apoiaram a eleição de
Lugo, mas exigem medidas em relação à concentração de terras em mãos
brasileiras, em sua maioria produtores de soja.
À agência Efe, Lugo disse que espera racionalidade na busca de uma solução para as reivindicações
dos sem-terra do país, cerca de 400 mil. Para Assunção, há 300 mil brasileiros
no país; para o Brasil, eles
são 150 mil. Lugo disse que
foram registradas 74 ocupações desde o início do
seu governo, em agosto.
Lugo falou também das
negociações com o Brasil
sobre a hidrelétrica binacional de Itaipu. "Nenhum
dos pontos foi rejeitado",
afirmou sobre as reivindicações, que incluem o preço da energia, a possibilidade de venda para terceiros e a renegociação da dívida. Na quarta, houve
reunião de uma das duas
subcomissões bilaterais.
Com agências internacionais
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