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ARGENTINA
Júri inicia deliberações sobre o "caso da mala" em Miami
ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES
O júri do chamado caso da
mala começou a deliberar
ontem em Miami e deve decidir na próxima semana se o
empresário venezuelano
Franklin Durán é culpado ou
não de formar parte de um
grupo de agentes do governo
venezuelano atuando ilegalmente nos EUA.
Segundo a Promotoria, o
grupo teria sido encarregado
de pressionar o empresário
Guido Antonini Wilson a não
revelar a origem e o destino
dos US$ 800 mil que levava
em uma mala com a qual tentou entrar na Argentina em
2007. O dinheiro seria uma
contribuição ilegal do governo venezuelano à campanha
da hoje presidente argentina,
Cristina Kirchner.
Nos dois últimos dias, promotoria e defesa apresentaram diferentes perfis de Durán. Um promotor apontou
Durán como emissário do
governo venezuelano em um
organograma cujo topo era
ocupado pelo próprio presidente Hugo Chávez.
Já o advogado de defesa
afirmou que Durán seria vítima de uma armadilha armada pelo FBI, quando foi aos
EUA ajudar o amigo Wilson a
se livrar das complicações
surgidas quando foi descoberto com a mala.
Wilson decidiu colaborar
com o FBI e se tornou vítima
no caso. A Argentina pede
sua extradição para que seja
julgado por contrabando.
Há cinco acusados no caso.
Três se declararam culpados
em troca de redução da pena.
Durán foi o único que alegou
inocência e está sendo julgado. O quinto está foragido.
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