São Paulo, sábado, 25 de outubro de 2008

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ARGENTINA

Júri inicia deliberações sobre o "caso da mala" em Miami

ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES

O júri do chamado caso da mala começou a deliberar ontem em Miami e deve decidir na próxima semana se o empresário venezuelano Franklin Durán é culpado ou não de formar parte de um grupo de agentes do governo venezuelano atuando ilegalmente nos EUA.
Segundo a Promotoria, o grupo teria sido encarregado de pressionar o empresário Guido Antonini Wilson a não revelar a origem e o destino dos US$ 800 mil que levava em uma mala com a qual tentou entrar na Argentina em 2007. O dinheiro seria uma contribuição ilegal do governo venezuelano à campanha da hoje presidente argentina, Cristina Kirchner.
Nos dois últimos dias, promotoria e defesa apresentaram diferentes perfis de Durán. Um promotor apontou Durán como emissário do governo venezuelano em um organograma cujo topo era ocupado pelo próprio presidente Hugo Chávez.
Já o advogado de defesa afirmou que Durán seria vítima de uma armadilha armada pelo FBI, quando foi aos EUA ajudar o amigo Wilson a se livrar das complicações surgidas quando foi descoberto com a mala.
Wilson decidiu colaborar com o FBI e se tornou vítima no caso. A Argentina pede sua extradição para que seja julgado por contrabando.
Há cinco acusados no caso. Três se declararam culpados em troca de redução da pena. Durán foi o único que alegou inocência e está sendo julgado. O quinto está foragido.


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