DA REDAÇÃO

O Chile realiza amanhã eleições municipais nas quais tanto a Concertação, a coalizão de centro-esquerda de Michelle Bachelet, como a aliança de partidos conservadores medirão forças, inclusive internamente, para a disputa presidencial de dezembro do ano que vem.
Como em todas as eleições desde a redemocratização, em 1990, a Concertação deve ficar com maior número dos 345 cargos de prefeito na disputa, e recuperar municípios importantes como Santiago. Porém, a aliança direitista crescerá, dizem as projeções. Passará de 37% do eleitorado em 2004 para cerca de 40%.
Os conservadores apostam que este avanço aliado ao desgaste do governo e os efeitos da crise econômica -que fez cair o preço do cobre, o principal produto- possam levar à direita de volta ao poder. O candidato mais cotado para 2009 segue sendo o bilionário Sebastian Piñera, que perdeu para Bachelet, mas bons resultados da UDI (União Democrática Independente) da senadora Evelyn Matthei podem alimentar o desejo dela de brigar pela nomeação.
Os resultados também serão usados na disputa interna da Concertação para escolher o nomeado. Tanto o Partido Socialista de Bachelet como o centrista PDC (Partido Democrata Cristão) querem indicar o candidato e, como concorrerão pela primeira vez com listas diferentes de vereadores, devem comparar suas performances nesta disputa e também na para prefeitos.


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