São Paulo, sábado, 25 de novembro de 2006

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ORIENTE MÉDIO

Palestinos e israelenses sentem-se abandonados, diz comissária

DA REDAÇÃO

Tanto as vítimas palestinas da violência no Oriente Médio quanto as israelenses sentem-se abandonadas pelo mundo, disse a alta comissária de direitos humanos da ONU, Louise Arbour, após cinco dias de visita a Israel, Cisjordânia e faixa de Gaza.
Segundo Arbour, a população desses locais tem "uma sensação profunda de frustração e abandono, além da percepção de que a comunidade internacional não faz o suficiente para protegê-los".
"Saí de Gaza com a impressão que o direito à vida de quem vive ali está particularmente em risco. Beit Hanoun é só um caso dentre muitos", afirmou, citando a cidade palestina onde 19 membros de uma família foram mortos em uma ação israelense no último dia 8.
Arbour também criticou os ataques com foguetes promovidos por milícias palestinas contra o território israelense e exortou Israel a relaxar as restrições à circulação de palestinos.
O premiê palestino, Ismail Haniyeh, do Hamas, declarou ontem que seu grupo e mais quatro milícias palestinas cessariam os disparos de foguetes se Israel suspendesse os ataques a palestinos.
Um menino de dez anos foi morto ontem em um ataque israelense contra Beit Lahia, no norte da faixa de Gaza, afirmaram autoridades palestinas. Pelo menos um militante também morreu. Até o fechamento desta edição, o Exército de Israel havia confirmado somente a ação -não a morte do menino.
Centenas de palestinos compareceram ontem ao funeral, em Jebalia, de Fatma Omar al Najar, uma viúva de 64 anos que se explodiu perto de soldados israelenses anteontem, ferindo dois deles. Fatma, que perdeu um neto no conflito com Israel, é a mais velha palestina a se tornar mulher-bomba.


Com agências internacionais


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