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ORIENTE MÉDIO
Palestinos e israelenses sentem-se abandonados, diz comissária
DA REDAÇÃO
Tanto as vítimas palestinas da violência no Oriente
Médio quanto as israelenses
sentem-se abandonadas pelo
mundo, disse a alta comissária de direitos humanos da
ONU, Louise Arbour, após
cinco dias de visita a Israel,
Cisjordânia e faixa de Gaza.
Segundo Arbour, a população desses locais tem "uma
sensação profunda de frustração e abandono, além da
percepção de que a comunidade internacional não faz o
suficiente para protegê-los".
"Saí de Gaza com a impressão que o direito à vida de
quem vive ali está particularmente em risco. Beit Hanoun é só um caso dentre
muitos", afirmou, citando a
cidade palestina onde 19
membros de uma família foram mortos em uma ação israelense no último dia 8.
Arbour também criticou
os ataques com foguetes promovidos por milícias palestinas contra o território israelense e exortou Israel a relaxar as restrições à circulação
de palestinos.
O premiê palestino, Ismail
Haniyeh, do Hamas, declarou ontem que seu grupo e
mais quatro milícias palestinas cessariam os disparos de
foguetes se Israel suspendesse os ataques a palestinos.
Um menino de dez anos foi
morto ontem em um ataque
israelense contra Beit Lahia,
no norte da faixa de Gaza,
afirmaram autoridades palestinas. Pelo menos um militante também morreu. Até
o fechamento desta edição, o
Exército de Israel havia confirmado somente a ação
-não a morte do menino.
Centenas de palestinos
compareceram ontem ao funeral, em Jebalia, de Fatma
Omar al Najar, uma viúva de
64 anos que se explodiu perto de soldados israelenses
anteontem, ferindo dois deles. Fatma, que perdeu um
neto no conflito com Israel, é
a mais velha palestina a se
tornar mulher-bomba.
Com agências internacionais
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