DA REDAÇÃO

Ao menos nove pessoas -três americanos e seis iraquianos- morreram em três ataques com bombas realizados ontem no Iraque, em mais um dia de operações da insurgência contra as forças ocupantes e os iraquianos que colaboram com a coalizão.
O ataque contra os americanos ocorreu em Samarra, a 100 km da capital iraquiana. Um comboio dos EUA foi atingido por uma bomba em uma estrada nas imediações da cidade -um dos carros foi totalmente destruído, e seus três ocupantes morreram.
Segundo o general americano Marc Kimmitt, a bomba parece ter sido detonada a partir de um carro que estava próximo ao local do incidente -o veículo saiu em alta velocidade segundos depois da explosão.
Com os ataques de ontem, sobe para 205 o número de soldados americanos mortos em ações hostis desde de 1º de maio, quando Washington declarou o fim dos principais combates da guerra.
Em Arbil, cidade de predominância curda no norte do país, um suicida bateu um carro-bomba contra a entrada de um prédio do Ministério do Interior, matando dois vigias e duas pessoas que passavam pelo local, incluindo uma garota de 13 anos.
Segundo um policial curdo, mais de cem pessoas ficaram feridas. A entrada do edifício foi totalmente destruída, assim como vários carros parados na área.
O terceiro ataque ocorreu na capital iraquiana, onde uma bomba atingiu um miniônibus que transportava civis. O veículo passava por um túnel movimentado, no centro da cidade, no momento da explosão, que matou duas pessoas e feriu outras duas.
No início da noite, uma granada-foguete foi disparada contra o hotel Sheraton Ishtar, no centro de Bagdá. Segundo a agência Associated Press, não atingiu o alvo nem deixou feridos.
A sequência de ataques ocorreu horas após americanos realizarem mais uma operação de busca a insurgentes em Bagdá e arredores -mais de 20 foram detidas.

Natal com Letterman
As tropas americanas receberam ontem em Bagdá a visita de David Letterman, apresentador do programa de TV "Late Show". Ele teve um encontro com soldados no complexo de palácios que abrigava o regime de Saddam Hussein. Mais tarde, Letterman visitou um hospital e gravou imagens para seu programa.
"É um presente de Natal para nossos homens", disse o tenente Michael Gerstmyer, após tirar fotos com o apresentador.