São Paulo, segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

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REINO UNIDO

Investigação diz que Túnel da Mancha seria alvo terrorista

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DE LONDRES

O túnel sob o Canal da Mancha, que liga Reino Unido e França, foi marcado como alvo preferencial para um atentado de terroristas islâmicos neste fim de ano, informou o jornal britânico "The Observer" ontem.
Citando fontes do serviço secreto da França e dos EUA, o jornal afirma que a trama foi descoberta no começo deste ano, após uma dica da agência de inteligência norte-americana, a CIA, e foi relatada ao governo francês no último dia 19.
O plano teria sido concebido no Paquistão e estaria sendo comandado a partir de lá, com terroristas da Europa ocidental, "britânicos de ascendência paquistanesa", segundo o "Observer".
O jornal afirma que o serviço de inteligência do exterior da França informou em seu relatório que a comunicação regular entre militantes terroristas está em seu nível mais alto desde 2001, quando houve o atentado do 11 de Setembro.
A notícia vem no momento em que o túnel, que liga o Reino Unido ao restante da Europa, tem sido mais utilizado por viajantes de fim de ano, especialmente após o fog que afetou o tráfego aéreo no país.
Serviços de segurança do Reino Unido e da França realizaram uma série de testes no sistema de proteção das 31 milhas (cerca de 50km) do túnel, mas o risco continua alto, segundo os franceses.
O medo de atentados continua sendo explorado pelo governo britânico, que segue mantendo a nação em constante estado de alerta e busca mais poderes legais para lidar com a suposta ameaça.
Na última sexta-feira o chefe da Polícia Metropolitana, Ian Blair, ressaltou que o perigo de um ataque terrorista está "sempre presente" e que "o Natal é um período em que isso pode acontecer, uma ameaça muito grave."
O comissário de polícia é um dos principais defensores da política de atirar para matar que as forças antiterror adotaram e que resultou no assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes em julho do ano passado.


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