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REINO UNIDO
Investigação diz que Túnel da Mancha seria alvo terrorista
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DE LONDRES
O túnel sob o Canal da
Mancha, que liga Reino Unido e França, foi marcado como alvo preferencial para
um atentado de terroristas
islâmicos neste fim de ano,
informou o jornal britânico
"The Observer" ontem.
Citando fontes do serviço
secreto da França e dos EUA,
o jornal afirma que a trama
foi descoberta no começo
deste ano, após uma dica da
agência de inteligência norte-americana, a CIA, e foi relatada ao governo francês no
último dia 19.
O plano teria sido concebido no Paquistão e estaria
sendo comandado a partir de
lá, com terroristas da Europa
ocidental, "britânicos de ascendência paquistanesa", segundo o "Observer".
O jornal afirma que o serviço de inteligência do exterior da França informou em
seu relatório que a comunicação regular entre militantes terroristas está em seu
nível mais alto desde 2001,
quando houve o atentado do
11 de Setembro.
A notícia vem no momento em que o túnel, que liga o
Reino Unido ao restante da
Europa, tem sido mais utilizado por viajantes de fim de
ano, especialmente após o
fog que afetou o tráfego aéreo no país.
Serviços de segurança do
Reino Unido e da França realizaram uma série de testes
no sistema de proteção das
31 milhas (cerca de 50km) do
túnel, mas o risco continua
alto, segundo os franceses.
O medo de atentados continua sendo explorado pelo
governo britânico, que segue
mantendo a nação em constante estado de alerta e busca
mais poderes legais para lidar com a suposta ameaça.
Na última sexta-feira o
chefe da Polícia Metropolitana, Ian Blair, ressaltou que o
perigo de um ataque terrorista está "sempre presente"
e que "o Natal é um período
em que isso pode acontecer,
uma ameaça muito grave."
O comissário de polícia é
um dos principais defensores da política de atirar para
matar que as forças antiterror adotaram e que resultou
no assassinato do brasileiro
Jean Charles de Menezes em
julho do ano passado.
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