São Paulo, sábado, 26 de janeiro de 2008

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Partido pequeno precipitou a queda de Prodi

FÁBIO CHIOSSI
DA REDAÇÃO

A justificativa dada por Clemente Mastella, senador líder da Udeur (União dos Democratas pela Europa), para a deserção da pequena agremiação democrata-cristã foi a de que não obteve, dos outros membros da coalizão governista, solidariedade.
Mastella, que fora ministro da Justiça de Prodi, e sua mulher estão sob investigação por acusações de corrupção. Entregou a pasta na semana retrasada. Dias depois disse que seu partido deixava o governo, precipitando a crise que derrubou Prodi.
A falta de "solidariedade" pode ter pesado na ruptura, como podem ter pesado os recentes embates entre a Igreja Católica e o governo Prodi em torno de temas como a união homossexual.
Mas é fato que a Udeur, como partido pequeno, estará ameaçada no caso da aprovação da reforma da Lei Eleitoral. E que, recentemente, o líder do Partido Democrático, Walter Veltroni, sinalizou um possível entendimento com Berlusconi para a aprovação da reforma -que apetece, divergências ideológicas à parte, todos os partidos grandes.
Pouco tempo depois, a Udeur deixa a aliança em que o PD tinha peso fundamental e se alinha à centro-direita, de Berlusconi.
Agora o PD luta pela reforma antes das eleições, contra um Berlusconi que comemorou a queda da centro-esquerda e que, de Nápoles, cidade cujas ruas cheias de lixo evocam mais uma crise que o governo Prodi não conseguiu resolver, lança-se em campanha, pedindo eleições já.


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