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Partido pequeno precipitou a queda de Prodi
FÁBIO CHIOSSI
DA REDAÇÃO
A justificativa dada por
Clemente Mastella, senador
líder da Udeur (União dos
Democratas pela Europa),
para a deserção da pequena
agremiação democrata-cristã foi a de que não obteve, dos
outros membros da coalizão
governista, solidariedade.
Mastella, que fora ministro da Justiça de Prodi, e sua
mulher estão sob investigação por acusações de corrupção. Entregou a pasta na semana retrasada. Dias depois
disse que seu partido deixava
o governo, precipitando a
crise que derrubou Prodi.
A falta de "solidariedade"
pode ter pesado na ruptura,
como podem ter pesado os
recentes embates entre a
Igreja Católica e o governo
Prodi em torno de temas como a união homossexual.
Mas é fato que a Udeur, como partido pequeno, estará
ameaçada no caso da aprovação da reforma da Lei Eleitoral. E que, recentemente, o líder do Partido Democrático,
Walter Veltroni, sinalizou
um possível entendimento
com Berlusconi para a aprovação da reforma -que apetece, divergências ideológicas à parte, todos os partidos
grandes.
Pouco tempo depois, a
Udeur deixa a aliança em que
o PD tinha peso fundamental
e se alinha à centro-direita,
de Berlusconi.
Agora o PD luta pela reforma antes das eleições, contra
um Berlusconi que comemorou a queda da centro-esquerda e que, de Nápoles, cidade cujas ruas cheias de lixo
evocam mais uma crise que o
governo Prodi não conseguiu
resolver, lança-se em campanha, pedindo eleições já.
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