São Paulo, terça-feira, 26 de janeiro de 2010

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Aliado de Chávez há uma década, vice renuncia

DA REDAÇÃO

O vice-presidente e ministro da Defesa da Venezuela, Ramón Carrizález, renunciou a seus cargos por motivos "estritamente pessoais", segundo informou o governo a meios de comunicação venezuelanos.
Carrizález, um aliado próximo de Hugo Chávez que já ocupou vários postos no governo desde 1999, estava no cargo de vice desde janeiro de 2008.
Também renunciou ao cargo a ministra do Meio Ambiente, Yuribí Ortega, mulher de Carrizález. Ela também alegou motivos "estritamente pessoais".
Segundo o jornal venezuelano "El Universal", o general Carlos Mata Figueroa, atual chefe do Comando Estratégico Operacional da Força Armada Nacional, assumiria a Defesa.
Na Venezuela, é prerrogativa do presidente nomear o vice, o que não havia ocorrido até o fechamento desta edição.
Ao longo de uma década, Carrizález esteve em várias áreas do governo, entre eles as pastas de Infraestrutura e Habitação. Ontem, a gestão divulgou que o ex-vice e a mulher "preparam suas cartas de renúncia" e que versões que digam que saíram por divergências são "falsas e tendenciosas".
A última grande reforma de gabinete de Chávez ocorreu em janeiro de 2008, após ele ter sido derrotado no referendo sobre sua proposta de reforma constitucional, em dezembro do ano anterior.
O esquerdista enfrenta agora outro período delicado. A Venezuela registrou em 2009 uma queda de 2,9% do PIB, na primeira recessão em cinco anos, e sofre com um racionamento de energia. Há duas semanas, Chávez anunciou a maior desvalorização da moeda nacional, o bolívar, desde 2003. Autoridades admitem que a medida aumentará a inflação.

Com agências internacionais



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