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Queda de avião em Amsterdã mata ao menos 9 pessoas
Voo com 134 passageiros vindo da Turquia caiu de repente quando preparava aterrissagem; a causa ainda é incerta
Falta de combustível, erro de navegação, instabilidade por clima ou aves e fadiga do piloto são hipóteses; aeronave não se incendiou
DA REDAÇÃO
Ao menos nove pessoas morreram e 80 ficaram feridas
-seis com gravidade- quando
o voo 1951, da Turkish Airlines,
caiu no aeroporto internacional de Schiphol, em Amsterdã
(Holanda), ontem de manhã.
O Boeing 737-800 saiu de Istambul, Turquia, às 8h22 (6h22
em Brasília) com 134 pessoas,
rumo a Amsterdã. Acidentou-se três horas depois, a cerca de
500 metros de altura e preparando-se para aterrissar. A queda repentina foi em um campo
pantanoso a 3 km da pista.
O piloto e o copiloto morreram. Segundo a imprensa local,
entre os passageiros havia 72
turcos, 32 holandeses, 4 americanos e 1 britânico; as autoridades não confirmam.
A causa do acidente é incerta,
já que havia neblina e garoa,
mas não o suficiente para comprometer a visibilidade, segundo a companhia aérea. O avião
parece ter perdido velocidade
subitamente e "literalmente
caiu do céu", explicou Pieter
van Vollenhoven, da Comissão
Holandesa de Segurança.
Outras causas aventadas por
especialistas ouvidos pela Associated Press são falta de combustível, erro de navegação, fadiga do piloto ou instabilidade
provocada por clima ou por
pássaros.
Testemunhas disseram que o
acidente ocorreu em menos de
10 segundos. "O avião se preparava para pousar normalmente,
e tive a impressão de entrar
num bolsão de ar. [Então] o piloto perdeu o controle", disse o
passageiro Tuncer Mutluhan.
Outro passageiro, Kerem Uzel,
afirmou que o pouso havia sido
anunciado pela cabine uns oito
minutos antes da tragédia.
"Perdemos altura bruscamente; a cauda do avião bateu no solo e derrapamos."
Depois, veio o desespero.
Muitos ficaram presos na fuselagem do avião, que se partiu
em três pedaços: cauda e cabine
se separaram do corpo da aeronave. "As pessoas gritavam em
pânico; tudo ocorreu muito rapidamente", disse o passageiro
Huseyin Sumer, que engatinhou ileso para fora do avião.
O ministro de Transportes
turco, Binali Yildirim, considerou um "milagre" que não houvesse mais mortos no acidente.
"Ajudou o fato de o avião ter
caído em um terreno macio
sem se incendiar", disse.
As gravações da caixa-preta
foram encontradas e serão enviadas a Paris para análise. Segundo a Turkish Airlines, a aeronave havia passado por manutenção em dezembro, e o piloto -que fora da Força Aérea
turca- era muito experiente.
Foi a pior tragédia em Schiphol desde 1992, quando um
acidente matou 43 pessoas.
Com agências internacionais
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